Quando entrei na vida do rádio em caráter definitivo e profissional, entrei por causa do Aryovaldo. Ele me levou para a então recém fundada Rádio Difusora de Criciúma, em 1962, “A Emissora do Trabalhador”, comandada pelo Doutel de Andrade através do próprio Aryovaldo e do Vânio Faraco (Addo Vânio de Aquino Faraco), pai da deputada Ada Faraco de Luca, esposa do Walmor de Luca.
Até eles brigarem por causa de política, fiquei ali. Em 1963, fui convocado para o Exército e interrompi a trajetória. No retorno, em junho de 1964, fiquei mais um tempo, aí já noutra orientação, sob a gerência da Hilda Trevisol, mãe de Sílvio Trevisol, um dos primeiros gerentes da Rádio Difusora de Içara.
Péssimo momento e experiência muita ruim. Um bagaço aquele período. Jogadas políticas em decorrência dos posicionamentos do Aryovaldo, então vereador, me jogaram para fora da rádio. Dali, ainda por influência direta do Aryovaldo, ingressei na Companhia Carbonífera Próspera. Lá, fiquei cinco anos, até 1970, quando ingressei na Rádio Eldorado e desde então nunca mais deixei o exercício de jornalismo e de radialismo. Um e outro ou os dois, simultaneamente.
Não conto aqui meus períodos ilusórios na Rádio Araranguá, lá pelos meus 12 ou 13 anos, uma bobagem que só me criou imagens fantásticas de estrelismo, que ainda hoje assolam pessoas da área, adultas e tidas como sensatas.
Por princípio detesto gravar programas. Adoro o jornalismo ao vivo, com seus riscos e possibilidades de erro ou talvez por causa deles. Gravar é muito cosmético, a não ser em casos de extrema necessidade ou condição do trabalho.