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Dos udenistas e pessedistas e do singular Romeu Penicilina

Por Aderbal Machado 19/08/2023 - 12:00 Atualizado em 19/08/2023 - 12:01

Leio os noticiários da política nacional e argentina, os compartilho, às vezes comento despretensiosamente, mas paro. Longe de mim a intenção, deliberada ou casual, de enlouquecer. O cenário é travesso e pouco diáfano.

Relembro, hoje, aqueles cidadãos a quem servi como assessor na presidência da Câmara de Criciúma, nos idos de 1960/1970: Pedro Guidi, Miguel Medeiros Esmeraldino, Eno Steiner, Edi Tasca, Nereu Guidi.

Enalteço a oportunidade ímpar de ter servido como funcionário da Câmara a pai e filho, Pedro e Nereu. 
Precioso lembrar: Miguel, Eno e Edi, udenistas rachados. Pedro e Nereu, pessedistas de quatro costados. No entanto, essa condição não nos afastou. Pelo contrário, nos uniu. A eles importava o trabalho. Bons tempos dessa prevalência.

As singulares de cada um ficaram marcadas. Uns mais duros na contenda, outros mais liberais. Uns puxavam a corda rápido. Outros afrouxavam pra ver até onde a coisa ia.

Impossível enumerar os vereadores da época de cuja convivência também usufruí. Passei até pelo tempo da vereança gratuita. Mandato sem remuneração. Pelo povo, para o povo e com o povo, diria a gente hoje. O sonho acabou. Todos, no entanto, pragmáticos. 

Houve alguns muito especiais na lembrança, como Romeu Lopes de Carvalho, o “Romeu Penicilina”, por ser servidor do IAPETC (Instituto de Aposentadoria e Pensão dos Empregados em Transportes e Cargas), cuja abrangência pegava os mineiros do carvão. A reforma mudou tudo, para encerrar  a multiplicidade de Institutos de Previdência, uns mais eficazes e fortes, outros nem tanto. O IAPETC era fortíssimo.

Pois o Penicilina tentou a eleição várias vezes, conquistando votações pífias, sucessivamente. Mas por uma eleição, acabou eleito com mais de mil votos – os conhecidos “votos de protesto”. Surpresa até pra ele. E então exerceu o mandato entre 1970 e 1972.

Dispenso falar dele. Prefiro ficar com a magistral escrita do nobre médico oftalmologista e meu digno amigo, Doutor Henrique Packter, reproduzida aqui e extraída da sua coluna neste portal, veiculada em 6 de abril de 2021. Notável e minucioso registro histórico, que pode ser acessado clicando aqui.

E finalizo aqui, porque o dia segue e eu preciso estar pronto pra ele.

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