Acometido por uma forte pneumonia desde a sexta-feira, 30 de julho, fui atendido numa emergência, mas só na terça pela manhã porque, supondo apenas uma gripe mais forte, fiquei me automedicando com comprimidos e chás. Até que a coisa agravou e não comia, desânimo, dor forte no peito e nas costas a cada tossida, apelei a um amigo pra me levar.
Lá houve o diagnóstico quase imediato de uma jovem médica, sob um raio-x ultrarrápido.
Fiquei por lá umas seis horas, ante uma bateria de outros exames e tomando um enorme soro para reidratar. Estava realmente ruim. A ponto de, durante a aplicação, desmaiar na sala, sozinho, ante o susto da enfermeira quando chegou. Imaginem: eu me assustei.
Pois conto isso por detalhes: o desmaio - e a burrice brasileira de se automedicar. Poderia ter sido pior, com mais um pouco de demora, se o torniquete não tivesse apertado.
E ali também provei o valor de amizades profundas de colegas – dois, justamente os meus chefes- , ficaram lá de 9 da manhã até 15 horas, com leves saídas (e numa dessas saídas foi que desmaiei) enquanto durou a aplicação e se aguardava os resultados dos exames, até o encaminhamento final da médica.
E se mede assim também os valores e as fragilidades da vida. Tá aqui, daqui a pouco não está mais. Sim, exagero. Não foi pra tanto. Porém a questão é o tempo. Mais um pouco ou menos um pouco.
Em todo caso, agora me recupero e espero estar já bom pro batente na segunda.
Arrivederci.