Tanto tempo longe do sul – do Araranguá e de Criciúma, principalmente -, mas ainda com a mente povoada de imagens das duas. Entretanto, filmes antigos.
Saudade de passear pela Avenida Getúlio Vargas, Rua Sete e Praça Hercílio Luz, no meu Araranguá e cruzar pelas Lojas Bandeirantes, Gomes&Garcia, Café Brasil, Lojas Grechi, Casa Cometa, Loja Triunfante, Armazém do Luiz Wendhausen, Posto Esso do André Wendhausen, Farmácia do Altícimo Tournier, Escritório do Dr. Arno Duarte, Hotel dos Viajantes, Hotel Labes, Loja de bicicletas do Elane Garcia, Usina da Força & Luz, Hotel Imperial, Telefônica, Escritório do Dr. Ramiro Ulyssea (altos do Café Brasil), Armazém do Crisanto Freitas, admirar a construção fantástica da casa do dr. Antônio de Barros Lemos, passar pelo bar e restaurante do Carlos Arcari, olhar o movimento dos finais de semana da Eve’son, admirar a branquitude do Fronteira Clube e jogar futebol na sua quadra de cimento, lá no fundo; comprar pão na padaria do Zé Guidi, correr pelos canteiros gramados do jardim Alcebíadas Seara e ser perseguido pelo fiscal Doca – que nunca nos pegava. Depois, comprar um gibi na banca do Willian e ler sentado na escadaria do coreto da praça ou dentro da Biblioteca Luiz Delfino. Tinha ainda, lá atrás (muito atrás), os papos alvoroçados com o Campolino, pedinte muito amigo de papai. E, de repente e quase sempre, encontrar o Loló perambulando.
Em Criciúma, saudade de passear pelo centrão. Aos domingos à noite, atopetado de gente de toda as tribos, sem qualquer preconceito, falando mal da vida alheia e contando mentiras e peripécias jamais acontecidas. E namorando muito nos bares da moda – e eram vários ao redor do jardim. Em dias comuns, circular por ali, passando pela Galeria Gigante, livraria do Osvaldo Souza, sapataria do Dalsasso, Farmácia Sampaio, Sapataria Lurdete, Casa Ouro, Casa Roque, Hotel Brasil, Casa Imperial, Cine Rovaris, Drogaria Rocha, Jugasa, Foto Zapellini, Café São Paulo, Café Rio, Casas Pernambucanas, Casas Jaraguá, Drogaria Catarinense, Musidisco, Lojas Fretta, Casa Londres, Carlitos Bar (o da gurizada central), Gruta Azul, Laboratório e Farmácia Sampaio, conversar com os taxistas na frente da prefeitura, levar um papo casual com o Bateria e o Burriquete.
Deve haver uma infinidade de outras referências daqueles tempos. Não consigo recordar todas. É complicado.
Fico aqui, coçando o bigode que não tenho e sentindo uma saudade que, esta sim, tenho e muita.