Eu não conheço nenhuma família que tenha planejado desrespeitar a criança ou tratá-la com desamor. Numa continha aqui por cima, já foram mais de 300 famílias que cruzaram o meu caminhar profissional e eu posso afirmar: elas sempre estiveram cheias de boas intenções em relação aos cuidados e relacionamento com as suas crianças na primeira infância.
Ainda assim, no entanto, não precisava de muita conversa para que elas se dessem conta de que, apesar de sentirem um imenso amor, passavam mensagens pouco amorosas boa parte das vezes, especialmente quando exerciam ações educativas.
Veja só as frases abaixo:
"Doeu mais em mim do que em você."
"Eu só faço isso porque você me tira do sério."
"Você não tem jeito mesmo."
"Mas você também..."
A primeira pergunta que eu faço é sempre a mesma: se os personagens desta conversa não fossem um adulto e uma criança, se fossem um casal (para título de exemplificação, usarei uma relação heterossexual tendo em vista a relação de poder que advém da nossa cultura patriarcal) e o homem dissesse à esposa uma dessas frases acima, você diria que esta mulher é amada?
E, mais ainda, se é na primeira infância que a base afetiva e relacional se estabelece e é levada para toda a vida, imagine agora qual será o modelo de amor e respeito que esta criança levará para todas as suas relações na adultez?
Precisamos cuidar da infância.
Precisamos reaprender a cuidar.
Vamos juntes?
Por uma Nova Geração de Famílias!
Ananda Figueiredo
Psicóloga - CRP 12/12.754
Mulher | Mãe | Esposa | Filha
Educadora Parental em Disciplina Positiva
Mestre em Educação
@novageracaodefamilias