O que será que nos deixa realmente felizes?
Bem, a verdade é que eu, Ananda, não tenho condições de responder sozinha à esta pergunta. Por isso, quis trazer para vocês um dos maiores estudos da história das ciências humanas, que em 2018 completa 80 anos. Desde 1938, a Universidade de Harvard, nos EUA, se propõe a descobrir o que realmente nos deixa felizes - e eles continuam buscando essa resposta. Inicialmente, o estudo era realizado com 700 jovens do sexo masculino, entre estudantes da própria universidade e moradores de bairros pobres de Boston, que foram acompanhados durante toda a vida para o monitoramento de seu estado mental, físico e emocional. Nos dias atuais, os sujeitos da pesquisa são os filhos dos primeitros participantes, que somam mais de mil homens e mulheres.
É claro que um estudo desta magnitude leva à uma série de conclusões. No entanto, o fundamental, segundo o atual diretor da pesquisa, um psiquiatra estadunidense chamado Robert Waldinger, é que o importante para nos mantermos felizes e saudáveis ao longo da vida é a qualidade dos nossos relacionamentos.
Mais do que fama ou dinheiro, são as conexões que estabelecemos que nos fazem ter uma vida plena. A pesquisa descobriu, por exemplo, que quando os participantes chegaram aos 50 anos (lá na década de 80) a qualidade das relações que eles haviam construído pesou mais do que a taxa de colesterol para determinar a expectativa de vida de cada sujeito. Isso porque são as nossas conexões que fazem com que tenhamos com quem compartilhar alegrias e tristezas. São elas que criam em nós uma sensação de pertencimento, elemento que outros estudos também apontam como uma das bases para a felicidade.
Mas que tipo de relacionamento é este? Segundo a pesquisa, uma relação de qualidade é uma relação em que você se sente seguro e pode ser você mesmo. Um relacionamento que te abriga, te acolhe, e onde sua espontaneidade é bem vinda.
Por isso, se seu plano para 2018 é ser feliz, aposte nos seus relacionamentos. Se seu plano é ter saúde, invista nos seus relacionamentos. Se seu objetivo é ter uma vida leve e plena, atente-se aos seus relacionamentos. Eles, certamente, não resolvem tudo, mas 80 anos de pesquisa merecem atenção, não é mesmo?