"Tenha filhos", eles disseram.
Mas o que isso representa para além da maternidade?
Shelley Correll, professora de sociologia de Satanford, conduziu uma pesquisa que concluiu que os empregadores classificam homens-pais como colaboradores ideais, seguido por mulheres sem filhos, homens sem filhos e, finalmente, mulheres-mães. Se isto lhe parecer exagero, veja abaixo os achados da pesquisa:
- mulheres-mães têm 600% menos chance de serem contratadas do que mulheres sem filhos com mesma apresentação curricular;
- mulheres-mães têm 820% menos chance de serem promovidas do que mulheres sem filhos com mesmo desempenho;
- mulheres-mães têm avaliação de competência 10% menor do que mulheres sem filhos, se comparadas nas mesmas condições;
- mulheres-mães são consideradas 12% menos comprometidas do que mulheres sem filhos, enquanto homens-pais são considerados 5% mais comprometidos do que homens sem filhos;
- o salário inicial das mulheres-mães é 7,9% menor do que o das mulheres sem filhos, enquanto o dos homens-pais é 8,6% maior do que o de homens sem filhos.
Com base nestes números, a pesquisadora cunhou a expressão "punição pela maternidade", que diz respeito aos desafios, preconceitos e desigualdades enfrentados pelas mulheres que decidem conciliar carreira e maternidade.
Na semana entre o dia da trabalhadora e o dia das mães, meu chamado é: já é mais que hora de entendermos que mulheres podem ser muita coisas além de mães - até mães e profissionais, se assim quiserem.
Vamos juntes? É urgente!
Um abraço,
fonte: Getting a job - is there a motherhood penalty?, de Shelley Correll