Na última sexta-feira me reuni com 45 mulheres para compartilhar nossas experiências, sucessos e angústias em viver em/com um corpo feminino. Foi forte, foi rico, mas também foi dolorido. Quer saber por quê? Veja esses números:
Quando o assunto é “beleza”:
4 a cada 100 mulheres têm diagnóstico de transtorno alimentar no Brasil.
85% dos casos de transtornos de imagem acontecem com mulheres, sobretudo na adolescência.
Brasil é o 2º país que mais faz cirurgia plástica e o 3º país que mais consome cosméticos no mundo.
Quando falamos sobre a mulher no trabalho:
52% das mulheres já sofreram assédio sexual no trabalho.
Mulheres recebem 25% a menos do que os homens, nos mesmos postos de trabalho, 35% a menos em cargos de chefia e liderança.
Santa Catarina é o quarto estado no ranking brasileiro da desigualdade salarial entre homens e mulheres.
Mulheres tem carga horária semanal de 5h a mais que os homens.
Se formos falar de publicidade:
Mulheres são responsáveis por 80% das decisões de compra, mas 75,7% das marcas dirigem seus comerciais apenas aos homens.
E tudo isso resulta em:
1 em cada 3 brasileiros culpa a vítima pelo estupro.
54% dos brasileiros afirmam que conhecem uma mulher vítima de violência conjugal.
56% dos brasileiros afirmam que conhecem um homem agressor.
85% das brasileiras temem violência sexual.
1 mulher apanha a cada 15 segundos no Brasil, o que representa 4 mulheres por minuto.
1 mulher morre a cada 1 hora e meia no Brasil (55% dos feminicídios são cometidos por familiares, 33% por parceiros ou ex parceiros).
Brasil é o 5º país que mais mata mulheres no mundo.
Viver em um corpo feminino é viver conforme essas estatísticas. Viver em um corpo feminino é viver com coragem - sejamos corajosas!
Fonte: ONU Mulheres