Criciúma, cem anos em 2025
Fundação em 06/01/1880
1892, 12 anos depois, distrito de Araranguá
1914, capital brasileira do carvão
04 de novembro de 1925: A emancipação
Colegas centenaristas: Jornal O Globo, Corrida rústica de Rua São Silvestre, General Motors. Nascem Inesita Barroso, Tony Curtis, Paul Newman e a Marvada Pinga. John Baird, engenheiro escocês, realiza a primeira transmissão televisiva de objeto em movimento. Seu sistema de 240 linhas de varrimento mecânico foi adotado de modo experimental pela BBC até ser substituído pelo sistema de 405 linhas da Marconi. 1925: é feriado pela 1ª vez no Brasil. O presidente Artur da Silva Bernardes decreta 1º de maio feriado nacional, sancionando a resolução legislativa e brasileiros (do comércio, da indústria e banco) já podem gozar 15 dias de férias ao ano.
A maior empresa automobilística norte-americana, a General Motors, inaugura fábrica em São Paulo e começa fabricando 25 carros por dia. No Rio, Irineu Marinho, funda jornal O Globo a 29 de julho. Em São Paulo, começa a circular o Jornal da Tarde. Encontro da Coluna Paulista com a Coluna Prestes e em 10.06.1925 Prestes assume a chefia do estado-maior tornando-se líder das forças rebeldes, a Coluna Prestes. O astrônomo americano, Edwin Hubble, anuncia a descoberta de galáxias fora da Via Láctea. O pianista Art Gillham, na Colúmbia, realiza a primeira gravação elétrica do som. Surge a canção Chuá, Chuá (“E a fonte a cantá/ chuá, chuá / e a água a corrê/chuê, chuê…”), fácil de cantar, motivo de su a popularidade. Foi o maior sucesso do maestro gaúcho Pedro de Sá Pereira. Letra de Ari Pavão, lançada no Teatro Recreio, na revista Comidas, Meu Santo, Rio de Janeiro, 1925. Em 31.12.1925 foi realizada a 1ª Corrida de São Silvestre, em São Paulo, somente entre brasileiros. Em 1945 estrangeiros passariam a competir. Após assistir às Olimpíadas de 1924, o jornalista Casper Líbero criou a rústica. É inaugurada a sede do Senado Federal do Brasil, o Palácio Monroe, centro do RJ. O primeiro campeonato sul-americano de futebol, disputado pelas seleções da Argentina, Brasil e Paraguai é vencido pela primeira.
OS FILMES DE 1925
1. O Encouraçado Potekim (1925) · Grigori Aleksandrov
2. Em Busca do Ouro (1925) · Charles Chaplin
3. O Grande Desfile (1925) · King Vidor
O AUTOR DA MARVADA PINGA, MÚSICA DE 1925
Nome completo: Ochelcis Aguiar Laureano
Nascimento: 1º.05.1909, Votorantim, São Paulo
Morte, São Carlos,16.01.1996 (86 anos)
Local de morte: São Carlos, São Paulo
Gênero(s): Sertanejo
Ocupação: Cantor, compositor, violeiro
Ochelcis Aguiar Laureano (Sorocaba, Rio Acima, depois Votorantim, 1º.05.1909 — São Carlos, 16.01.1996); violeiro, poeta, cantor e compositor brasileiro.
Chuá, chuá foi o maior sucesso do maestro Pedro de Sá Pereira. Esta modinha, enquanto composição original, teve letra de Ari Pavão e foi lançada no Teatro Recreio, na revista Comidas, Meu Santo, no Rio de Janeiro, em 1925.
BIOGRAFIA
Ochelsis Aguiar Laureano foi casado com Maria Augusta Soares Laureano e teve seis filhos, três homens, já falecidos, e três mulheres, Marcis, Judith e Glaucia. Desde pequeno, tocava viola e fazia repentes e canções sertanejas. Como artista sertanejo, atuou em programas de rádio e shows artísticos de 1920 a 1942. Formou as duplas “Irmãos Laureano”, “Laureano e Soares”, “Laureano e Mariano”, entre outras.
Escreveu poemas como “Capim Teimoso”, “Lenço Preto” e “O Barranco” além de músicas de sucesso como “Roseira Branca”, “O Balão Subiu”, “A Caçada”, “É Mió num Casá”, “Meu Sertão” e “Marvada Pinga”.
Em 1942, após 7 anos, contados desde 1925, Laureano estudou música tornando-se professor de canto orfeônico e de educação musical. ASSIM, A MARVADA PINGA É ANTERIOR A 1942. Laureano foi amigo pessoal e aluno do maestro Heitor Villa-Lobos.
Em 1948 passa a lecionar em várias cidades (Passo Fundo, Presidente Prudente, Caraguatatuba, Jundiaí, Santos e Bauru), onde ministrou aulas em diversas instituições por 14 anos e, em 10.09.1984 foi agraciado com o título de cidadão bauruense.
Laureano morreu aos 86 anos, a 16.01.1996, em São Carlos, cidade onde morou por quatro anos.
DADOS ARTÍSTICOS
Professor de música, estudou canto coral com Villa-Lobos. Tornou-se evangélico passando a viajar pelo país ensaiando corais das igrejas. Um dos seus grandes sucessos como compositor foi a moda de viola "Moda da Pinga", também conhecida como "Festança no Tietê", gravada em 1937 por Raul Torres. A canção foi posteriormente regravada por Inezita Barroso (1953), conhecendo ainda diversas outras regravações, entre as quais uma de Pena Branca e Xavantinho (1980). Formou dupla com diversos parceiros. A primeira com Soares, uma das pioneiras formadas no rastro de FÉ da Turma Caipira de Cornélio Pires, da qual fizeram parte.
Em 1931, lançou com Soares, "Desafio", seu primeiro disco e a moda de viola "Casamento", ambas de autoria da dupla. Com Soares gravou 14 discos em 78 rpm, interpretando entre outras as modas de viola "Valentia de voluntário" e "A mulher e o relógio", ambas de sua autoria. Participou com Cobrinha, Mariano e Arnaldo Meirelles do Quarteto da Saudade. Em 1938, sua valsa "Harmônica chorosa" foi gravada por Arnaldo Meirelles ao acordeom. No mesmo ano, gravou, com seus irmãos, a moda de viola "O crime do restaurante chinês", de sua autoria e com o Capitão Furtado e Dulce Malheiros as imitações "Amanhecer no sertão", dele e Ariovaldo Pires.
Em 1941, a dupla Nhá Zefa e Nhô Pai lançou, de sua autoria, a toada "Sonho de matuto". Foi parceiro de Ariovaldo Pires, com quem trabalhou no programa "Repouso", na Rádio Tupi. "Destinos iguais", outro grande sucesso, gravado entre outros por Chitãozinho e Xororó, Duo Glacial, Inezita Barroso, Marcelo Costa e Tonico e Tinoco. Formou dupla com Mariano em 1945, fazendo sucesso com a toada "Destinos iguais", dele e Ariovaldo Pires, lançada no mesmo ano. Com Mariano gravou ao todo três discos, interpretando entre outras a moda de viola "Lola Mariana" e o recortado "Boiadeiro folgado", ambas de Mariano. Em 1978, Craveiro e Cravinho gravaram de sua autoria e Ariovaldo Pires a toada "O sonho do matuto". Foi considerado um dos maiores violeiros dos anos 1930 e 1940. Em 1980 teve as composições "Deixei de ser carreiro", com Mariano e "Destinos iguais", com Ariovaldo Pires, gravadas por Rolando Boldrin no disco "Giro a giro", lançado pela Continental.
Em 1993, Rolando Boldrin regravou pela RGE sua "Moda da pinga (Marvada pinga)" no CD "Disco da moda".
LITERATURA EM 1925
25.02 - É fundada a Biblioteca Mário de Andrade, na cidade de São Paulo, Brasil.
Livros de 1925
O Grande Gatsby - F. Scott Fitzgerald
O Processo - Franz Kafka
Mein Kampf - Adolf Hitler
Nascimentos
Data Nome - Profissão Nacionalidade
14 de Junho - Dalton Trevisan Brasil
3 de Outubro - Gore Vidal, EUA
PRÊMIOS LITERÁRIOS
Nobel de Literatura - George Bernard Shaw.
George Bernard Shaw (Dublin, 26.07.1856 – Ayot St Lawrence, 02.11.1950), dramaturgo, romancista, contista, ensaísta e jornalista irlandês. Cofundador da London School of Economics, também autor de comédias satíricas de espírito irreverente e inconformista.
Shaw impacientava-se quando percebia exploração da classe trabalhadora. Socialista, escreveu folhetos e discursos para o Socialismo, tornando-se orador dedicado à promoção de suas causas, que incluem ganhos e direitos iguais para homens e mulheres, aliviar os abusos contra a classe trabalhadora, rescindir a propriedade privada de terras produtivas e promover estilos de vida saudáveis. Em pouco tempo, era ativo na política local, no London County Council.
Ele e o cantor Bob Dylan foram os únicos a terem obtido um Nobel de Literatura (1925) e um Óscar (1938), recusando-os. Shaw por suas contribuições para a literatura e por seu trabalho no filme Pygmalion (adaptação de sua peça de mesmo nome). Shaw quis recusar o Nobel porque não tinha gosto por honrarias públicas. Mas, acabou aceitando, a pedido da esposa que considerava aquele Nobel homenagem à Irlanda. Contudo, rejeitou o dinheiro, pedindo que os fundos fossem usados para financiar traduções de livros suecos para o inglês.
VIDA E OBRA
Placa no local onde nasceu em 1856, em Dublin na Irlanda: "Bernard Shaw, autor de muitas peças, nasceu nesta casa em 26 de julho de 1856".
Filho de George Carr Shaw (1814-1885), e Elizabeth Lucinda Gurly (1830-1913), cantora profissional, nasceu numa tradicional mas empobrecida família protestante. De início foi instruído por um tio, e, aos 16 anos empregou-se num escritório. Adquiriu amplo conhecimento artístico graças à mãe, Lucinda Elizabeth Gurly Shaw, e às frequentes visitas à Galeria Nacional da Irlanda. Decidido a tornar-se escritor, transferiu residência para Londres em 1876, porém, por mais de dez anos, seus romances foram recusados por todos os editores da cidade, assim como a maior parte dos artigos enviados à imprensa. Tornou-se vegetariano, fervoroso defensor do socialismo, orador brilhante, polemista. Fez as primeiras tentativas como dramaturgo.
Em 1885, conseguiu trabalho fixo na imprensa e, durante quase uma década, escreveu resenhas literárias, críticas de arte e colunas musicais. Sua atividade literária, em especial a produção teatral, foi sequência de sucessos; destacou-se também na crítica literária, teatral e musical, na criação de panfletos e ensaios sobre assuntos políticos, econômicos e sociais. Foi, ainda, prolífico epistológrafo. Como crítico de teatro da Saturday Review (1895), atacou insistentemente a pobreza qualitativa e artística da produção teatral vitoriana.
Durante a Primeira Guerra Mundial, interrompeu sua produção teatral e publicou polêmico panfleto, Common Sense About the War, no qual considerava o Reino Unido, os aliados e os alemães igualmente culpados e reivindicava negociações de paz.
Recusou o Nobel de Literatura de 1925 e, em suas últimas peças, intensificou as pesquisas com a linguagem não-realista, simbolista e tragicômica. Por cinco anos deixou de escrever para o teatro e dedicou-se ao preparo e publicação da edição de suas obras escolhidas (1930-1938), e a tratado político. Sua correspondência também foi publicada, destacando-se a troca de cartas com o escritor H. G. Wells.
Faleceu em 02.11.1950. Seu corpo e o corpo da esposa foram cremados, as cinzas misturadas e lançadas no jardim de sua casa ao longo da estátua de Joana d'Arc em Shaw's Corner, Hertfordshire, Inglaterra.
George Bernard Shaw (Socialista) e Winston Spencer Churchill (Conservador) tratavam-se desrespeitosamente mas era evidente que os dois reconheciam as grandes qualidades que ambos ostentavam. Bernard Shaw teria peça de teatro de sua autoria representada em Londres. Remete, então, dois ingressos para Churchill acompanhados de recado: venha assistir à peça e traga um amigo, caso ainda tenha algum. Churchill respondeu quase imediatamente que, infelizmente, não poderia assistir à estreia da peça por haver assumido compromissos políticos inadiáveis para a data. Mas, iria, claro a uma segunda exibição da peça, caso houvesse uma segunda apresentação.