Uso das máscaras reduz em 87% as chances de ser infectado pelo coronavírus. Evita que pessoa contaminada transmita a doença, funciona como barreira impedindo que gotículas de saliva contaminadas alcancem os outros. Se precisar retirar a máscara, certifique-se de que não há pessoas ao redor para evitar risco de contaminá-las ou ser contaminado. Segure a máscara sempre pelas beiradas ou pelos elásticos. Nunca toque no meio do tecido, como fez nosso quarto ministro da doença na sua primeira entrevista. Se seus dedos estiverem contaminados, você conduzirá o coronavírus direto para o nariz e boca. Higienize as mãos antes de tocar o rosto.
Qual o modelo de máscara mais recomendado?
Fundamental: uso correto da máscara indicada, lavar as mãos com álcool a 70º e distanciamento social. Máscaras caseiras de maneira geral devem ser evitadas. Recomenda-se as industrializadas, sobretudo em espaços públicos. Usar a N95 ou a PFF2, principalmente para lugares fechados e maior exposição. As caseiras somente em locais abertos e limitada circulação de pessoas. A peça precisa cobrir nariz, boca e queixo. Mantenha-a rente à pele, sem frestas nas bochechas. Há máscaras que ficam presas na orelha ou são amarradas atrás da cabeça. Tanto faz.
PFF2 E N95
Há estruturas com poder de filtragem superior, maior vedação (ficam completamente presas ao rosto). Talvez a PFF2 seja a mais recomendável, sobretudo para consultas médicas, idas ao banco, supermercados, transporte público, taxis, viagens. Consideradas descartáveis, não devem ser lavadas nem nelas passar álcool ou outro produto para limpeza. Após uso deixar descansar por 3 dias para inativação do vírus. Depois desse período usar normalmente. Do ponto de vista de proteção, são as melhores. Chegam a filtrar 95% do ar e retém partículas pequeníssimas. Máscaras N95 são as que oferecem mais proteção, pois selam firmemente ao redor do nariz e da boca. Geralmente reservadas para profissionais de saúde.
MATERIAL DAS MÁSCARAS
As melhores devem ser confeccionadas com algodão em 3 camadas e espaço para inserção de folha de polipropileno com celulose (pano ou papel de toalha-papel reutilizável). Evitar tecidos muito porosos e máscaras com costuras no meio (tipo bico de pato). A OMS recomenda que as máscaras tenham três camadas: uma interna que absorve, uma do meio de filtragem e uma terceira externa, feita de material não absorvente, como poliéster. São as chamadas máscaras híbridas, feitas com mais de um material.
Trocar as máscaras a cada 2 horas ou quando estiverem úmidas. Elas também podem ser desinfetadas, deixando-as de molho em solução de água sanitária (2 coleres de sopa para cada litro d´água) ou em água com sabão por 30 minutos. Enxaguar em água limpa. A máquina de lavar desgasta o tecido mais rapidamente e, portanto, deve ser evitada. Descartar após 30 lavagens. Devem ser feitas com três tecidos. As camadas interna e intermediária precisam ser de algodão. A parte mais externa pode ser de poliéster ou polipropileno. Há quem prefira deixar a peça de molho por cerca de 20 minutos num balde com pouco de água sanitária diluída. Outra opção é colocar na máquina junto com as outras roupas e fazer o ciclo completo de lavagem com sabão e amaciante. Na sequência, deixe secar no varal. Para se certificar de que a trama do tecido não carrega nenhuma partícula de vírus, alguns passam a máscara a ferro. O calor inativaria qualquer ameaça que restasse. Como regra geral para uma máscara, o tecido de composição deve ser o mais firme possível e grande contagem de fios, que são melhores na filtragem de partículas.
MÁSCARAS CIRURGICAS
São feitas de TNT em 3 camadas. Têm boa capacidade de filtragem, mas vedação inferior à PFF2. Devem ser descartadas após o uso. São finas e umedecem mais rapidamente. As proteções cirúrgicas descartáveis também são eficazes. Estudo de 2013 concluiu que esse material era cerca de três vezes mais eficiente no bloqueio dos aerossóis da gripe do que máscaras faciais caseiras.
FACE SHIELD E ÓCULOS DE PROTEÇÃO
Devem ser utilizados sempre com máscara. A chance de contaminação através dos olhos é pequena. Máscaras transparentes de vinil NUNCA DEVEM SER USADAS. Além do material não ser capaz de filtrar o ar inspirado ou expirado não oferecem boa adesão ao rosto. Esse escudo de acrílico protege os olhos e é uma boa para profissionais de saúde e para quem tem contato com o público.
E DUAS PEÇAS?
Prática que aumenta a segurança usando diferentes materiais e melhor vedação lateral. Mas, para lugares quentes este artifício não é prático.
BANDANAS E LENÇOS
Estudo publicado pelo Journal of Hospital Infection apontou que um lenço só filtra 44% das gotículas inicialmente. Após 20 minutos de exposição a uma pessoa infectada, por exemplo, o lenço só filtra 24% das partículas. Da mesma forma, os pesquisadores da Universidade Duke descobriram que as bandanas apresentam baixos índices de proteção, são o tipo de material menos protetor – comparado com semelhantes.
No entanto, na maioria das vezes, qualquer cobertura facial é melhor que nenhuma, com apenas uma exceção: máscaras com válvulas de ventilação. Proteções do tipo podem expelir partículas infecciosas para a atmosfera, ajudando na propagação do vírus.
MÁSCARA N95.......................................................................................↑PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE
MÁSCARA CIRÚRGICA.........................................................................↑PARA PROFISSIONAIS DA SAÚDE
MÁSCARA HIBRIDA E/OU DE ALGODÃO COM 2 CAMADAS...........PARA USO EM PÚBLICO, LOCAIS FECHADOS OU LOTADOS
MÁSCARA DE PANO OU DE 100% DE ALGODÃO..............................PARA USO EM ÁREAS EXTERNAS
MÁSCARA DE SEDA NATURAL............................................................↓PARA USO EM ÁREAS EXTERNAS
BANDANA...............................................................................................COMO ÚLTIMO RECURSO; COMO TANGO ARGENTINO: SÓ NA HORA DA MORTE
MÁSCARA COM VÁLVULA DE VENTILAÇÃO....................................NUNCA!
E OS RESULTADOS?
Máscaras têm desempenho diferente dependendo de como são usadas Mesmo com indicação de eficácia, é sempre bom ter cautela com os resultados alcançados. Nem sempre é fácil simular o desemprenho de uma máscara na vida real. Alguns testes imitam diretamente o tamanho de partículas do novo coronavírus, enquanto outros avaliam o desemprenho da proteção com base em vírus semelhantes, como o da gripe.
Diferentes estudos também testam máscaras em diferentes circunstâncias. Alguns imitam o forte fluxo de ar produzido quando uma pessoa tosse, enquanto outros testam o ar quando um indivíduo fala ou respira normalmente.
Por tudo isso é recomendado que sejam utilizadas e avaliadas de acordo com a necessidade.