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Por Henrique Packter 04/07/2022 - 08:22 Atualizado em 04/07/2022 - 08:25

Correio do Povo de 19.10.1980

“Tabus impedem doação de olhos. (Angela Rahde)

Existem 600 deficientes visuais cadastrados no Banco de Olhos esperando por doação de córneas.  (...) A faixa etária no Banco de Olhos esperando por doação de córneas vai dos 20 aos 40 anos. Muitos estão sem visão há bem mais de 20 anos. E, apenas se receberem córneas poderão passar a enxergar. No entanto, todos sabem que a espera é longa. São muitos os tabus que ainda envolvem as doações, desse modo, não é de estranhar o fato de que houve somente 20 transplantes de córnea em 1979, no Banco de Olhos. (...) de um total de 11 mil doadores cadastrados no Banco de Olhos 5 mil são provenientes de campanha.   Córneas poderão passar a enxergar. (...) a faixa etária dos doadores é dos 20 aos 40 anos em sua maioria. Logo, a doação (...) só ocorrerá dentro de 30 anos em média.”

Criciúma, 23.10.1981, O ESTADO 17.10.1981, CORREIO DO SUDOESTE 15.10.1981

Um grupo de médicos oftalmologistas e outras pessoas interessadas estão se mobilizando no sentido de criar o Banco de Olhos de Criciúma.  Os Bancos de Olhos proporcionam a restauração da visão através de transplante de córnea em doentes portadores de patologias que diminuem a transparência da córnea. Em nossa cidade os transplantes de córnea são realizados há mais de 10 anos. A exemplo de outros locais a imprensa falada, escrita e televisada de Criciúma tem emprestado grande apoio e incentivo a essa iniciativa”.

JORNAL DE SANTA CATARINA  17.10.1981

MÉDICOS DE CRICIÚMA FORMAM BANCO DE OLHOS

 Um grupo de oftalmologistas em Criciúma está se articulando para a formação de um banco de olhos na cidade, visando a prover a comunidade médica de prévios consentimentos para facilitar a doação de  córneas aos pacientes interessados.

-“A  nossa finalidade maior é fazer com que tenhamos uma ordem organizada de doadores e pacientes que necessitem dos transplantes de córnea. Nosso fim ao organizar um banco de olhos não é o lucro, mas tão somente possibilitar que os diversos interessados possam estar prontos para receberem bem como os doadores sejam de antemão conhecidos. (Henrique Packter, oftalmologista e diretor clínico do Hospital São José de Criciúma).

Com um número aproximado de 50 pessoas necessitando de transplante de córnea na cidade, “já que os outros interessados não temos meio de incentivar a espera por morarem longe”. Dr. Henrique considera que muitos outros órgãos entrariam na ordem de solicitação de enxerto.  Atualmente ficamos à espera de que um falecimento ocorra e de que os familiares estejam dispostos a autorizar a doação de córneas para então providenciarmos o transplante.  E, nesse caso, damos prioridade às pessoas que têm maior urgência desse transplante”,  é o que informa o diretor do Hospital São José.

DIFICULDADES

Segundo os dados levantados pelo pessoal interessado na formação deste banco de olhos a grande maioria das pessoas que se dispõe a doar seus olhos  caso venham a falecer  está numa faixa etária de 20 a 40 anos e, “evidentemente se formos ficar à espera desses doadores (...). Mas, acontece que, tendo um banco de olhos a campanha que pretendemos fazer  irá também incentivar também aos mais velhos para que se inscrevam na lista de doadores”.

(...) Em SP uma córnea está custando cerca de 18 mil (aluguel de sala, telefone, telefonista-datilógrafa-recepcionista, energia, água, refrigerador, ar-condicionado, documentos, material de expediente,  seguro, biomicroscópio, enfermeira etc.). “A nossa intenção não é fazer algo elitizado já que muitos dos necessitados não possuem recursos para comprar córneas, declara Dr. Henrique , mostrando que se as empresas criciumenses cooperarem para tal atividade benéfica para a cidade, “teremos um custo igual a zero permitindo que qualquer um possa ter esse transplante”.  (...) um banco localizado no centro (...) quem sabe at&eacu te; usando o slogan “esse banco apoia o banco de olhos”.

Com o objetivo de iniciar as atividades voltadas para a realização do banco de olhos alguns leigos estão tomando a iniciativa de providenciar os estatutos  que “serão iguais ao banco de olhos de Joinville”. E, se usam leigos para organizarem tal banco “é porque queremos que todos os oftalmologistas tenham acesso a essa entidade”, informa Dr. Henrique. No próximo dia 23 de outubro de 1981, estarão com os estatutos na Câmara Municipal e com a ata de fundação para  contarem com o apoio dos  vereadores e da comunidade”.

(Continua)

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