Menos da metade das empresas abertas no país na última década sobreviveram por mais de cinco anos. A pesquisa Demografia das Empresas, iniciada em 2008, mostra ser esse o melhor ano em termos de nascimento de empresa que se mantiveram por mais de cinco anos: 47,8% das companhias abertas permaneceram por mais tempo.
O pior ano para abertura de empreendimentos foi 2010, com taxa de sobrevivência no médio prazo de 39%.
Para o curto prazo, 2013 foi o pior ano para abrir empresas, com 71,9% de sobrevivência após um ano. Das empresas abertas em 2008, 81,5% sobreviveram ao primeiro ano.
O melhor e o pior saldo
Na série histórica brasileira, 2010 registrou o melhor saldo, com 262.695 empresas a mais no mercado. O pior ano foi 2014, quando o saldo ficou negativo em 217.687 empresas.
O número de empresas ativas variou de 4.077.662 em 2008, com ápice de 4.775.098 em 2013, diminuindo desde então, voltando ao patamar de 2010.
Apesar do saldo de companhias entrando e saindo do mercado se manter negativo desde 2014, o pessoal ocupado assalariado nessas empresas se mantém positivo a longo dos anos, com 360 mil empregados a mais em 2017.
Na análise pelo porte, 46,2% das empresas ativas em 2017 não tinham nenhum pessoal ocupado assalariado, contando apenas com os sócios ou proprietário; 43,6% tinham de um a nove; e 10,2% tinham dez ou mais pessoas assalariadas. Média dos rendimentos: 2,6 salários mínimos.
Na distribuição do pessoal assalariado por tipo de empresa, os setores que mais empregam são o de comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 8,8 milhões de pessoas, seguido de indústrias de transformação, com 7,2 milhões, e atividades administrativas e serviços complementares, com 3,5 milhões.
O setor com a maior entrada de pessoal assalariado também foi o comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas, com 263.861 pessoas. A maior saída, de 138.522, e o maior saldo, com 125.339 pessoas assalariadas também é deste setor em 2017.