No outro dia contei neste espaço quem foi ARMY FAÍSCA. Hoje, passo a falar do Army meu cliente em oftalmologia. Em 12.03.1971, aos 47 anos atendi-o. Tinha pressão arterial e ocular normais (13x8 e PIO 14/15) e aquilo conhecemos como vista cansada, mal que afeta grande parte da humanidade que passou dos 40 anos de idade. Prescrevi lentes de óculos apenas para perto, para leitura.
Retornou em 18.04.1975 aos 52 anos para trocar as lentes que já não eram satisfatórias. Continuava com visão para longe muito normal. A pressão ocular era de 14 em ambos os olhos. Dei-lhe grau em ambos os olhos para perto: +2.25.
Em 27.12. 1977, aos 54 anos, já necessitava de óculos para longe e para perto. Os anos vão afetando a saúde e em 12.09.1990, aos 67 anos, usa Ankoron, Isordil, Procor e AAS. Evidências que o coração já não era o mesmo. A PIO se elevara para 20mm em ambos os olhos e tinha dois pontos lacrimais obstruídos, dilatados em 05.11.1990.
PIORA A VISÃO DE ARMY
A visão de Army que vinha tão bem, piora para longe, também. Surge um astigmatismo no olho direito e agora ele necessita de lentes de grau para longe e perto. Em 23.05.1995 utiliza Ankoron, Apresolina, Sustrat, Slow-K, AAS. Apresenta depósitos na córnea, complicação dos remédios que usa. Retorna em 20.06.1995 e em 18.07.1995. Em 19.06.1995 opero Army de catarata com implante de lente intraocular. Isto, fazem 28 anos atrás. Teve vários retornos nos quais reduzíamos o astigmatismo observado no olho operado, seccionando pontos da cirurgia, então usual, até que em 10.01.1996 obtém visão normal em ambos os olhos com lentes para hipermetropia de +1.50 esférico e de -1 grau de astigmatismo em ambos os olhos. Isto, naturalmente para visão ao longe. Para perto, soma-se + 2.50 grau esférico para utilizar as chamadas lentes multifocais. Ainda v iria uma última vez em consulta, a 11.05.1996.
O COMPORTAMENTO DE ARMY
Era homem rigorosamente sério: nunca o vi rir fosse do que fosse. Permitia-se, às vezes, um sorriso e era só. Mas, desde que, sem quaisquer segundas intenções passou a fazer minha declaração de imposto de renda, nossa amizade se consolidou. Foi como já contei: recém-chegado a Criciúma fui, no final do primeiro ano de trabalho, saber como era essa tal de declaração. Nem titubeou: apanhou minha papelada e assumiu o posto de meu contabilista. Bom e velho Army!
ARMY, AUTORIDADE MAIOR NA COLETORIA FEDERAL DE CRICIÚMA
Army foi coletor federal de 1959 (ano de minha formatura em Medicina na FMUFPR em Curitiba) a 1970, ano em que se aposenta e ano em que eu fazia estágio de 1 ano no Hospital do IPASE, RJ. Army veio a falecer em Florianópolis a 23 de julho de 1996. Nesta ocasião Eduardo Pinho Moreira estava deixando a Prefeitura de Criciúma e eu trabalhava em oftalmologia na cidade de Criciúma e em Florianópolis; aqui, no Hospital de Caridade. Vale.