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Dos Jornais & Revistas: Como as estatísticas da Covid explicam o mundo

Por Henrique Packter 13/04/2021 - 10:32

Em 11.3.2020 a OMS declarou ser a Covid-19 doença infecciosa de alcance global, uma Pandemia. No Brasil havia zero mortes pela doença, o primeiro óbito sendo registrado na cidade de SP. Passado um ano, SP contabiliza 19,1 mil mortos e a China 4,8 mil. Comparando as estatísticas há 0,35 morto para cada 100 mil habitantes na China contra 126 no Brasil.  Estaria a ditadura comunista chinesa manipulando dados? A vizinha Taiwan genética e culturalmente a mesma China, ostenta 0.04 óbitos por 100 mil pessoas, 88% menos que na China!

No Oriente, todos os números são baixos. No extremo leste asiático o Japão é o país com maior número de óbitos: 6 para cada 100 mil habitantes. Metade disso na Coreia do Sul e vamos deixar para lá as estatísticas da Coreia do Norte do ditador Kim. Mas, lá não se aperta mãos, nem se dá beijocas em ninguém. Os cumprimentos se limitam a meia reverência, leve inclinação – se tanto.

Dispiaridade dos números seria explicada por aspecto cultural 

Os povos do leste sempre praticaram um certo distanciamento social com escassos toques, abraços, apertos de mão. Disciplina social vem com o hábito de usar máscaras em resfriados comuns e, quando os índices de poluição atmosférica assustavam. Os baixos índices da doença pelo Corona no oriente dizem respeito ao (1) distanciamento social (2) uso de máscara pela população ao menor sinal de perigo à saúde.

Excentricidade numérica do Covid nos países ricos

São altíssimas as estatísticas de mortalidade nos países ditos ricos. Na conta por 100 mil habitantes o número de mortos nos EUA (160) é 20% maior que o do Brasil, o do Reino Unido (187) 48%, o da Bélgica, 53. Dos 10 países com mais mortes por 100 mil habitantes, todos participam da OCDE, o clube das nações desenvolvidas.

Excentricidade numérica do Covid nos países pobres

Ocorre o oposto. O índice da Índia (11,6) é 90% menor que o nosso, o da Nigéria (1,0), 99%. Ou o vírus gosta de dinheiro ou a subnotificação em países pobres anda à solta.

E o mundo em 11 de abril?

Casos globais, atualizado em 11 de abr., às 18:35, hora local.

Confirmados 135.756.507 casos

Mortos: 2.937.730

O número de mortos no mundo equivale (quase) à população do Acre (734.000 habitantes), Rondônia (1.800.00) e Roraima (632.000).

E o Brasil?

Brasil, ou Belíndia (rica Bélgica encravado numa pobreza indiana), deitados eternamente em berço esplêndido da desigualdade.  Ocupamos o 24º lugar no ranking de mortes por 100 mil habitantes, posição alta. É possível que estejamos em situação pior do que aquela revelada pelos números oficiais.

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