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João Balestro, farmacêutico

Por Henrique Packter 07/03/2022 - 06:30

Carlos Pinto Sampaio (24.3.1894) desde a década de 20 residia em Criciúma vindo de Tubarão, era casado com Ladislava Angulski. 

JOÃO BALESTRO herdou a Farmácia Sampaio, em plena Praça Nereu Ramos; impossível lugar mais central em Criciúma.  Nascido em Guaporé, RS, 6.11.1922, Balestro era filho de Vitório e de Judite Boratieri. Casou com Wolynira (Volly) Sampaio, filha de Carlos Pinto Sampaio e Ladislava Angulski (Dona Ladi), que se apresentava como Oficial de Farmácia.

No dia 5 de Setembro é comemorado o Dia do Oficial de Farmácia.

SURGIMENTO DA PROFISSÃO
Na época das boticas, Medicina e Farmácia eram tidas como uma só profissão, ou seja, não havia distinção entre boticários e médicos. 
Somente após reformulação no curso de ensino médico (1832), foi criado o curso farmacêutico, vinculado às faculdades de medicina do RJ e Bahia.

Depois, por decreto (1857), boticas passaram a ser chamadas de Farmácias.

Por fim, no século 18 houve a separação da Medicina e da Farmácia, possibilitando então a separação das profissões.

O QUE FAZ UM OFICIAL DE FARMÁCIA?
O oficial de farmácia pode atuar como responsável técnico em drogarias e também como auxiliar do farmacêutico em farmácias.

É preciso diferenciar farmácias de drogarias. Farmácias são autorizadas a manipular e formular medicamentos, já drogarias apenas comercializam esses medicamentos, já embalados e fechados sem qualquer manipulação.

No caso das Farmácias, o responsável técnico seria o Farmacêutico, que atua na produção dos medicamentos. Dessa forma, os oficiais de farmácia atuam como auxiliares, mas não atuam diretamente na manipulação dos remédios.

Já no caso das Drogarias, nas quais não há manipulação ou produção dos medicamentos, os oficiais de farmácia podem atuar como responsáveis técnicos, inclusive no atendimento aos clientes.

COMO TORNAR-SE UM OFICIAL DE FARMÁCIA?

É necessário ter formação especializada na área. Há escolas aprovadas e certificadas por órgãos federais que oferecem cursos para esta formação profissional. Após a certificação, basta inscrever-se no Conselho Regional de Farmácia, que autorizará o Oficial de Farmácia a exercer a profissão, cadastrando-o na região desejada.

VOLTANDO À VACA FRIA       

João Balestro e Volly tiveram dois filhos:  Carlos João e Rita de Cássia, esta casada com Júlio César da Silva Mandelli.

Carlos João (1949 e cedo falecido), filho de João Balestro, durante bom tempo foi tabagista inveterado e sofreu de asma em criança.

Outros filhos de Carlos Pinto Sampaio foram Vítor Luiz  Angulski Sampaio (14.11.1934-13.9.1993), bioquímico, casado com Maria Walewska Sampaio e Vânio Carlos, farmacêutico, casado com Odila Arns Sampaio. Impressiona o número de familiares de Carlos Sampaio e de Balestro dedicados à profissão farmacêutica. Volly, casada com João Balestro, era irmã de Vânio Carlos.

  

25.9.2013, Dia Internacional do Farmacêutico

Diário Oficial da União. Com a nova regulamentação, farmacêuticos vão poder receitar, por exemplo, analgésicos, medicamentos tópicos e fitoterápicos.

Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de SP (CRF-SP), Pedro Menegasso, a medida vai formalizar o que já era hábito. A partir da data em epígrafe, profissionais da categoria em todo o país vão poder receitar medicamentos que não exigem prescrição médica. A resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) foi publicada no Diário Oficial da União. A partir do Dia Internacional do Farmacêutico, profissionais da categoria em todo o país vão poder receitar medicamentos que não exigem prescrição médica. A resolução do Conselho Federal de Farmácia (CFF) publicada no Diário Oficial da União, regulamenta o que farmacêuticos vão poder receitar. Farmácias estão obrigadas a ter um farmacêutico.

Remendos feitos por Dilma Rousseff à Lei do Ato Médico preveem que o ato de prescrever tratamentos não é exclusiva para formados em Medicina!

Todo medicamento oferece riscos. O farmacêutico, teoricamente, é o profissional que melhor pode orientar os clientes, é seu campo de estudo.

MAIS NOVIDADES NA SEARA DAS FARMÁCIAS E DROGARIAS

Para o presidente do Conselho Regional de Farmácia do Estado de SP, Pedro Menegasso, a medida formalizará o que era usual. Para o primeiro-secretário do Conselho Federal de Medicina (CFM), Desiré Callegari, a lei que regulamenta a profissão do farmacêutico não prevê o diagnóstico de doenças e a prescrição de tratamentos.

O OFÍCIO DE JOÃO BALESTRO EM CRICIÚMA

JOÃO BALESTRO era a primeira opção em se tratando de assistência médica. Não era raro observar-se filas de pacientes diante de seu concorrido estabelecimento. O cliente  dizia o que sentia e, ambos, tateavam em busca de um diagnóstico e tratamento. A clientela era variada, de operários das minas de carvão e suas  famílias a mineradores e até a médicos, dizia-se a boca pequena.

É quando se instala ao lado da Igreja São José na Praça Nereu Ramos, um cearense vendendo suas vistosas e coloridas redes, obras-primas do artesanato das gentes das praias de Iracema. Na época, ainda  sem calçadão, circulavam ali caminhões carregados de carvão mineral e de pirita, especialmente na lateral da igreja que dá para a rua Getúlio Vargas. A poeira era muita e olhos mais sensíveis lacrimejavam copiosamente. O cearense vem ao meu consultório com os olhos em situação lastimável: avermelhados, remelados. Procurava limpar os olhos esfregando-os com algo parecido com um lenço, de cor indefinida.

Imediatamente tirei o lenço de suas mãos jogando-o na lixeira. Ele chegou a esboçar um movimento para salvá-lo, mas já era tarde. Contou sua história na qual avultava como principal responsável por sua desdita oftalmológia a poeira  levantada por veículos automotores. Fiz ver que a situação melhoraria em muito trocando seu local de trabalho, coisa imediatamente recusada: o ponto, ao lado da Igreja, era o melhor da cidade. Nem pensar. Pegou a receita e saiu às pressas para o trabalho. Passam-se os dias e, num sábado à tarde, estando eu sozinho em casa, toca a campainha. Vou espiar quem seria, através da cortina, sem dar-me a conhecer. É o cearense vendendo seu produto agora de casa em casa. Vou até ele.

Conversa vai, conversa vem, compro uma rede que ainda tenho, e, ao cabo de demoradas negociações acertamos o preço justo da laboriosa compra. Ao final delas, pergunto casualmente como estão seus olhos.

Arregala os olhos, reconhecendo-me.

-É o doutor que me atendeu?

Fiz que sim e ele continuou:

-  O remédio que o doutor me deu era pura porcaria. Eu pingava nos olhos e não sentia nada. Joguei fora e procurei o doutor Balestro.Ele me deu um remédio que, quando eu pingava, os olhos ardiam de subir paredes. Aquele remédio é que era bom: ele bulia com a doença.

Conclusão minha: remédio bom é o que bole com a doença!

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