O preço do confinamento está sendo cobrado, além da devastação econômica, da perda de empregos e de outras desgraças, também no agravamento dos problemas mentais, sua multiplicação e variedade. Fator chave para propagação de distúrbios psicológicos é a repetição maciça de advertências, alarmes e ameaças sobre o risco fatal que estaríamos correndo, sem exceção. O pânico da população é agravado com essas advertências, - de resto e aliás, necessárias, como as estatísticas estão a demonstrar.
O PREÇO DO CONFINAMENTO PELA COVID-19
Além da pandêmica devastação econômica, hipertrofiam-se casos de estresse, ansiedade, agressividade, apatia, delírio, cisma, teima, obsessão, desconfiança, insensatez, demência, medo, neurastenia, egocentrismo, paranoia, - pipocando entre os adultos. E, quanto aos malefícios a que as crianças foram submetidas? Os campos de concentração domiciliares não atingem por igual a todas as crianças. As manifestações piores estão da classe média para cima. Os pobres já têm seu inferno permanente. Ficou decidido para o bem de todos que crianças e jovens estavam proibidos (e já faz um ano) de ir à escola, brincar, chegar perto de outras crianças ou jovens, ir ao parquinho, - não podem fazer nada.
-Você vai matar sua avó se não ficar em casa!
A vida para essas crianças se resume em tela do joguinho, ao ensino remoto e ao delivery.
Nosso infeliz confinamento não impediu que chegássemos à perda de 250 mil vidas. Os piores efeitos colaterais seriam de responsabilidade de um confinamento mal instituído, pior planejado e tiranicamente impostos.
FILOSOFIA DE VIDA POLÍTICA URBI ET ORBI
Se tudo vai bem, pode dizer a verdade. Se está mais ou menos, minta. Se está bem ruim, calunie.
SOBRE AMIGOS E INIMIGOS
Amigos vão e vêm. Inimigos se acumulam (Thomas Jones).
PROPAGANDA DE REMÉDIO POPULAR, BONDES CARIOCAS ANOS 70
Veja ilustre passageiro,
O belo tipo faceiro
Que você tem a seu lado.
E, no entanto acredite,
Quase matou-o a bronquite:
Salvou-o o Rum Creosotado! (Bastos Tigre)
IMORTAL PUBLICIDADE DE MELHORAL NAS RÁDIOS DE LÍNGUA ESPANHOLA AMÉRICA LATINA
Mejor mejora Mejoral. Mejoral mejora mejor.
PROPAGANDA DAS ANTIGAS DE ... FÓSFOROS
Aviso a quem é fumante:
Tanto o Príncipe de Gales
Como o Doutor Campos Sales
Usam fósforos Brilhante! (Olavo Bilac)
ESCRITORES TOMAM PLACIDAMENTE CHOPINHOS NO AMARELINHO, RJ, QUANDO SURGE O EDITOR PENHA, ACOMPANHADO POR MULHER DE MÁ REPUTAÇÃO. EMÍLIO SACA NA HORA:
Um homem que se diz Penha por uma mulher que se disputa!
EMÍLIO, ESTUDANTE EM CURITIBA, ASSISTE AULA DO PROFESSOR SABOIA
- Sr. Emílio defina sabedoria!
- Sabedoria mestre, é algo que tem efetivamente muito peso ... se colocado n’água ela afunda.
- E a ignorância, então?
- A ignorância? Ora, essa boia!
HAIR
Filme de 1979, do diretor Milos Forman, baseado em musical da Broadway de 1968 (lá remontado em 1977), gravado no Central Park e Washington Square Park, Nova York, difere em muito do musical original, começando pela eliminação de várias músicas da peça.
Personagens tiveram perfis mudados. Claude, inocente recruta de Oklahoma, chega a Nova York convocado para a Guerra do Vietnã. Sheila - hippie da Tribo - é socialite nova-iorquina, por quem ele se apaixona. A maior liberdade com a história original: um engano acaba mandando Berger(líder dos hoppies), ao invés de Claude (o recruta inocente), ao Vietnã, onde morre.
Sucesso de público, o filme recebeu críticas positivas importantes. Vincent Canby (New York Times): " ...as invenções de Weller (o roteirista) fizeram este Hair ser mais divertido que o original. Também deu tempo e espaço para o desenvolvimento dos personagens que, no palco, deviam expressar a si mesmos, quase que só por música. Elenco soberbo em filme, de maneira geral, delicioso." A TIME concordou: "Hair é bem sucedido em todos os níveis - como divertimento vulgar, drama emocional, espetáculo estimulante e observação social provocadora."
Os desgostosos autores da peça com o resultado, acham que Forman retratou os hippies como “algum tipo de aberração" sem vinculação com o movimento pacifista, falhando em levar para a tela a essência da obra. Declararam que semelhanças entre o filme e o musical se limitam a algumas canções, o título em comum e o nome dos personagens. Acreditam que a verdadeira versão cinematográfica de Hair ainda está por vir.
Da peça e do filme: Passarinho que come pedra sabe o ânus que tem (1) Noite passada fui a praia, maré estava baixa e molhei os meus pezinhos. Ué, diz outro, não rimou. Por que não rimou? Não rimou porque a maré estava baixa... (2) 4.639