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Como proteger-se da variante Delta

Por Dr. Renato Matos 09/08/2021 - 07:57 Atualizado em 09/08/2021 - 08:01

O Centro para Controle e Prevenção de Doenças (CDC) estima que a variante Delta do SARS-CoV-2, surgida na Índia, é responsável por mais de 82% dos casos nos Estados Unidos. Ela tornou-se dominante em outros países também. De acordo com a Organização Mundial da Saúde  a variante Delta foi responsável por 75% ou mais dos casos na Austrália, Bangladesh, Botsuana, China, Dinamarca, Índia, Indonésia, Israel, Portugal, Rússia, Cingapura, África do Sul e Reino Unido. 

Já circula em pelo menos 132 países. 
Em nosso país a maioria dos estados já apresenta casos de transmissão comunitária, inclusive Santa Catarina.
No Estado do Rio de Janeiro, segundo dados confirmados pela Secretaria Municipal de Saúde, a variante já representa 45% das amostras analisadas. 

As vacinas em uso protegem contra formas graves da doença, desde que a pessoa tenha sido completamente vacinada – no nosso caso, duas doses da AstraZeneca, Coronavac ou Pfizer, ou uma dose da Jansen.
Nos EUA mais de 97% das pessoas que estão sendo internadas com Covid-19 não estão vacinados.
Lá a taxa de doentes entre aqueles completamente vacinados fica bem abaixo de 1% em todos os estados, variando de 0,01% em Connecticut a 0,29% no Alaska.
A preocupação vem para aqueles não vacinados ou com doses incompletas. Estudo recente publicado no New England Journal of Medicine mostrou que uma dose da vacina da Pfizer ou da AstraZeneca alcançou eficácia de apenas 30%, contra aproximadamente 80% naqueles com duas doses.

Como estamos com pouco mais de 20% da nossa população completamente vacinada, ainda temos  80% de suscetíveis a formas mais graves da doença caso sejam infectados pela variante Delta.
Estamos numa situação parecida com a que vivemos em fevereiro deste ano, quando tínhamos apenas 20 pessoas de Criciúma hospitalizadas, com a sensação de que a pandemia estava indo embora.
Chegou então a variante Gama (P1), surgida em Manaus, e tivemos os piores meses desde o início da pandemia.

Não vamos errar novamente. 
Como diz Márcio Bittencourt, epidemiologista de USP: “ainda não é hora de ficarmos brincando de normalidade”.

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