Pelos mais diversos motivos, existe uma evidente desconfiança contra a Coronavac, produzida pelo Instituto Butantan.
É o patinho feio das vacinas que utilizamos no Brasil.
As vacinas que hoje estão disponíveis, ao contrário do que boa parte das pessoas pensam, não surgiram de uma hora para outra.
Mesmo as vacinas de tecnologia mais revolucionária, como as de vetor viral ou mRNA, já vêm sendo desenvolvidas há anos.
Faltavam os vultosos investimentos que só a pandemia poderia liberar.
Nesse aspecto de receio de novidades, a vacina do Butantan leva imensa vantagem.
Sua técnica de fabricação, usando vírus inativados, é a mais testada de todas – é usada em vacinas que utilizamos há muito tempo, como a da gripe, desenvolvida para ser utilizada nos soldados americanos na segunda guerra mundial (1939 a 1945).
Já aprovada pela Organização Mundial da Saúde, também tem mostrado segurança e eficácia em estudos de fase 2, quando utilizada em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos de idade (The Lancet Infectious Disease, 28 de junho de 2021).
Em estudo de vida real, sua eficiência foi testada no município de Serrana (SP), cidade com 45 mil habitantes.
Cinco semanas após ter-se completado a vacinação da população adulta, observou-se redução de 95% dos óbitos, 86% nas internações e 80% dos casos sintomáticos.
Esses números foram observados na população geral, apesar de apenas a população adulta ter sido vacinada.
Ainda lembrando das cópias baratas de diversos produtos que vinham da China décadas atrás?
A China é, hoje, a maior formadora mundial de alunos com graduação em ciências e engenharia.
Desde 2007, o país concede mais doutorados em ciências naturais e engenharia do que qualquer outro país.
Atualmente é o segundo país com maior gasto em pesquisas e desenvolvimento, ficando atrás apenas dos EUA.
Deixemos de tolices.
Vamos virar a página dessa pandemia.