Foi publicado em preprint, há poucos dias, no MedRxiv, “Avaliação de diferentes tipos de máscaras faciais para limitar a disseminação do SARS-CoV-2 – Um Estudo de Modelagem”.
O estudo foi feito por pesquisadores do Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) e avaliou o impacto de diferentes tipos de máscaras na incidência de Covid e mortalidade pela doença nos EUA.
A análise mostrou que as máscaras faciais estão associadas a reduções nas taxas de infecção por Covid-19: de 69% (máscaras de tecido) a 78% (máscaras cirúrgicas).
Quando foi avaliado o impacto sobre a mortalidade, houve redução de 82% para as máscaras de tecido comum e 87% para as máscaras cirúrgicas, no período considerado no estudo – 6 meses.
Esses dados reforçam os diversos estudos epidemiológicos, de modelagem matemática e de laboratório, realizados durante a pandemia.
Máscaras faciais de diversos materiais têm o potencial de reduzir substancialmente a transmissão do SARS-CoV-2, sua eficiência dependendo do tipo e ajuste da máscara e da adoção percentual na população.
E máscaras não reduzem apenas os casos de Covid.
Segundo a revista Nature, os Estados Unidos registraram apenas 646 mortes por gripe na temporada 2020-21 - a média anual está na casa das dezenas de milhares — e houve apenas uma morte por gripe pediátrica. A Austrália não teve mortes sazonais por gripe até agora em 2021, em comparação com entre 100 e 1.200 em anos anteriores.
Na situação de incerteza que ainda vivemos, o uso de máscaras, associado à vacinação e ao distanciamento físico em lugares pouco ventilados, ainda é fundamental.