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Volta às aulas: recomendações da Sociedade Brasileira de Pediatria

Por Dr. Renato Matos 28/09/2020 - 11:32 Atualizado em 28/09/2020 - 14:50

Frente a dificílima decisão de retomada das aulas presencias, a Sociedade Brasileira de Pediatria publicou suas orientações no dia 25 passado.

Reconhece que as lacunas no conhecimento da dinâmica de transmissão do SARS-CoV2 limitam a capacidade de avaliar com segurança os riscos associados a tal decisão. No Brasil a faixa etária de 0 a 19 anos representa 0,7% do total de mortes, o que reforça o conhecimento de que neste grupo preponderam casos leves ou assintomáticos.

O documento da Sociedade de Pediatria pondera que a probabilidade destas crianças, quando assintomáticas, transmitirem a infecção seja possivelmente menor, já que não apresentariam sintomas que contribuam para a infectividade, como tosse e espirros. 

Neste contexto de falta de evidências mais robustas, estas diretrizes pedem que a tomada de decisões seja baseada em características locais, tanto epidemiológicas como dependentes das estruturas física e de pessoal nas escolas. 

No aspecto epidemiológico cita guia de recomendações publicado pelo Centro de Controle de Doenças Infecciosas dos EUA em setembro de 2020. Neste documento o CDC avalia que o risco de transmissão é baixo ou moderado nos locais que registrem, respectivamente, menos de 20 ou 50 casos novos por 100 mil habitantes a cada 14 dias.

Recomendações: 

Rigorosas medidas de higiene pessoal e de superfície, associadas a medidas de distanciamento físico, com alternância de grupos em salas de aulas.
O espaçamento entre as cadeiras nas salas de aula deve respeitar o mínimo de 1, ou idealmente, 2 metros.
Triagem diária dos sintomas (febre, sintomas gripais ou gastrointestinais), com instruções expressas aos pais para reconhecimento destas manifestações.
Espaço reservado e pessoal treinado para acolhimento das crianças que iniciem com sintomas no período de aulas.
Exigência do uso de máscaras para crianças em condições de usá-las - há risco potencial de sufocamento em crianças menores de 2 anos
Disponibilidade de testes diagnósticos virológicos – PCR ou teste de antígeno - na Unidade de Saúde responsável pelo atendimento destas crianças.
Formação de comitês, com participação de técnicos da área da saúde e educação, que avaliem pontos específicos em cada escola, como número de banheiros, disponibilidade de pias, capacitação e proteção dos recursos humanos, transporte público utilizados pelos alunos, entre outros.

Adoção de modelo híbrido, com atividades presenciais intercaladas com remotas.
Respeito ao desejo daqueles que queiram ficar em casa, mesmo que motivados “apenas” pelo receio de retornar ao convívio social neste momento.
Conclui que “o retorno às aulas presenciais em um ambiente seguro é de extrema importância para a saúde de crianças e adolescentes. E, para atingir este objetivo, há exigências estruturais, higiênicas, sanitárias e comportamentais que necessitam ser planejadas e implantadas nas escolas”.

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