Em 2012, o Comitê Olímpico Internacional reconheceu a FIA como uma federação esportiva e incluiu o automobilismo como um esporte possivelmente olímpico, assim como o motociclismo. A cláusula que impedia que esportes à propulsão de motor fossem considerados olímpicos foi revogado em 2007.
Nas próprias olimpíadas de Londres, o automobilismo chegou a ser cogitado a ingressar nos jogos, mas o então presidente do COI, Jacques Rogge, afirmou que "o conceito que temos é que os Jogos são competições entre atletas e não equipamentos", que é uma discussão bastante válida.
Inclusive na própria Formula 1 se questiona o quanto de influência um piloto tem em proporção ao carro. Todos os atletas da categoria estão em um nível técnico altíssimo e deveriam competir de igual para igual, e não haver uma dominância tão discrepante.
Da mesma forma que esportes olímpicos também tem influência não-humanas, como os cavalos nos esportes equestres, as bicicletas no ciclismo, que podem ter variados conceitos aerodinâmicos, e os trenós do bobsled (jogos de inverno), que são praticamente carros sem motor, só usando a força da gravidade, mas que também entram na questão de equipamentos desenvolvidos para ter melhor aerodinâmica e um peso ideal para atingir a máxima velocidade de descida.
Outra situação que entra é a de o esporte ter sua própria força sozinha, sem nunca ter precisado do auxílio de um evento grandioso, assim como o futebol, que apenas atletas sub-23 participam. De um modo geral, não existe interesse dos grandes pilotos participarem de uma competição olímpica, visto que já estão muito consolidados no esporte e tem um alto índice de investimento de empresas do mundo inteiro.
Mas o principal fator que impede que tudo isso aconteça é a Carta Olímpica, que indica que a modalidade precisa ser praticada em pelo menos 75 países e quatro continentes diferentes, e mulheres de 40 países e três continentes. E não existe uma categoria específica que preencha todos estes requisitos, visto que cada competição tem um regulamento diferente, com regulações de carros distintos. Fora que também não existe muitas competições femininas, o que descartaria completamente a entrada do esporte nos jogos.
A única maneira de o esporte à motor se tornar parcialmente viável seriam com carros de modalidade única, como os de Formula 3 e F4, ou até mesmo migrar para o kartismo.
Lógico que para o amante da velocidade, seria interessantíssimo ver os grandes pilotos defenderem as cores de seu país. Já imaginou, por exemplo, Senna e Piquet representando o Brasil e disputando medalhas?