No mapa, em linha reta, Criciúma e Cametá estão distantes 3.630 quilômetros. Longe. São necessárias ao menos 50 horas para vencer o caminho em viagem. E 24 horas depois do ataque em Criciúma, bandidos fizeram, em esquema semelhante, um assalto na cidade paraense de 136 mil habitantes, distante 235 quilômetros da capital Belém.
No começo da madrugada, tiros para o alto, Batalhão da Polícia Militar cercada, poulares tomados de reféns e assalto a uma agência bancária, em um roteiro muito semelhante à noite de terror vivida em Criciúma na véspera. "As providências estão sendo tomadas", garantiu o governador do Pará, Helder Barbalho. "Não mediremos esforços para que seja retomada a tranquilidade e os criminosos acabem presos", emendou. O prefeito de Cameteá, Waldoli Valente, divulgou nas redes sociais que houve a morte de uma pessoa, o que ainda não foi confirmado pelas autoridades.
O óbito teria sido de um morador feito de refém pelos bandidos. Populares usados como escudos humanos teriam sido apanhados em bares pela cidade. "Muitas pessoas estavam em bares assistindo futebol na TV. Esse pessoal foi rendido e levado para a frente do batalhão", contou um morador de Cametá à Globo News. Os criminosos deixaram Cametá em torno de 1h30min da madrugada, fugindo em carros e barcos, já que a cidade localiza-se às margens do Rio Tocantins.
Em nota, a Secretaria de Segurança Pública do Estado comunicou sobre as providências tomadas:
"A Secretaria de Segurança Pública do Estado do Pará (Segup) informa que desde o momento que foi confirmado sobre o assalto a uma agência bancária no município de Cametá, equipes do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), das Rondas Ostensivas Táticas Metropolitanas (Rotam), do Batalhão de Ações de Cães (Bac), da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE) e duas aeronaves do Grupamento Aéreo de Segurança Pública do Pará (Graesp)".