Diminuiu em 9 mil o número de pacientes na lista de espera, nos últimos 3 meses, para consultas de especialidades médicas nos 27 municípios da Amrec e Amesc. O tema foi levantado pelo vereador Paulo Ferrarezi em sessão na Câmara de Vereadores nesta segunda-feira, 5. No entanto, os números continuam altos: 27 mil pessoas ainda aguardam por atendimento no município.
A queda de pacientes na lista se deve, de acordo com o vereador, aos atendimentos em contrato emergencial via consórcio de saúde firmado por Criciúma e municípios da região. A prefeitura paga pelos atendimentos com médicos e clínicas conveniadas.
Na avaliação do vereador, os números ainda são altos, mas as medidas da prefeitura apresentam bons resultados. “A prefeitura paga R$ 65 para cada atendimento especializado, com exceção da neurologia, que é mais caro. Assim, há um aumento no número de médicos especialistas atendendo em Criciúma”, explica.
Os dados apresentados animam o secretário municipal de Saúde, Acélio Casagrande. Uma das metas da Secretaria de Saúde é zerar a fila de espera até o fim do ano e empenhar-se no objetivo de não permitir novo acúmulo. “Temos que ter o controle absoluto da cidade em termos de saúde pública. A divisão por áreas de especialidades, o controle de pacientes e um trabalho ostensivo na prevenção. Objetivo maior é cuidar das pessoas enquanto elas não estão doentes”, esclarece o secretário.
Ainda na avaliação de Acélio, é mais barato para a prefeitura este contrato com especialistas através do convênio do que a contratação de médicos pelo município. A preocupação segue sendo em relação aos pacientes que necessitam de procedimentos cirúrgicos. “Foge da capacidade do município. Por exemplo a ortopedia. Deixamos o paciente pronto para a operação, mas a liberação é por parte do Estado e são poucas destinadas”.
Déficit zerado
Conforme Acélio, novas equipes devem ser formadas para ampliar a cobertura da saúde da família em Criciúma. “Não há mais déficit de médicos nos postos de saúde. Faltavam 15 médicos, número que já foi reposto. Queremos ampliar a cobertura de saúde da família de 62% para 80%, colocando de 10 a 11 equipes novas”, avalia.
Em relação aos exames nas clínicas conveniadas, o número de pacientes em espera também diminuiu. De janeiro a julho a prefeitura repassou para as clínicas consorciadas 1 milhão e 35 mil, 731 reais para os atendimentos em especialidades.
* A planilha de consultas foi um levantamento feito pela assessoria do vereador Paulo Ferrarezi, com dados oficiais da Secretaria de Saúde