O ano de 2020 foi extremamente atípico para inúmeros setores de atuação, e isso não foi diferente para o 9º Batalhão da Polícia Militar, que teve que incluir nas suas atividades as fiscalizações de combate a pandemia de Covid-19. O ano, porém, terminou com um saldo de atividades positivo, com uma redução considerável no número de homicídios na região.
De acordo com o tenente-coronel Cristian Dimitri, comandante do 9º Batalhão, que abrange os municípios de Criciúma, Siderópolis, Forquilhinha, Nova Veneza e Treviso, houve uma redução de 58% de crimes violentos na região. “Em 2019 foram registrados 31 destes crimes, e em 2020 foram 13 ocorrências dessa natureza. Só com relação a homicídios em Criciúma, foi de 19 para 9, uma diminuição de 52%”, pontuou.
Em relação a pandemia, foram 9.522 fiscalizações preventivas realizadas pela PM, em conjunto com demais órgãos de seguranças, das quais resultaram em 324 notificações e somente 18 interdições - número relativamente baixo, quando comparado a quantidade de ambientes fiscalizados.
Ao todo, 3,3 mil pessoas foram presas na região, tanto adultos quanto adolescentes apreendidos. Além disso, 229 veículos furtados foram recuperados e entregues aos proprietários e 88 armas de fogo foram apreendidas e retiradas de circulação, assim como 1,2 mil munições dos mais diversos calibres.
“A nossa equipe do K-9, o canil, é muito forte e firme na repressão qualificada. Foram 374 quilos de maconha apreendidos neste ano, o que nos surpreendeu porque em 2019 foram somente 51 quilos. Também foram apreendidos 28 quilos de cocaína, 9 quilos de crack, 611 comprimidos de ecstasy, 34 micropontos de LSD e 113 pés de maconha”, relatou o coronel.
Assalto ao Banco do Brasil
Um dos fatos que mais marcou o ano de 2020 em Criciúma, e que acabou ganhando repercussão nacional e internacional, foi o assalto à tesouraria regional do Banco do Brasil. A ação ganhou destaque justamente pela maneira como os assaltantes agiram, entraram na cidade, sitiaram o centro de Criciúma com armas de grosso calibre, e fugiram em comboio.
A Polícia Militar, presente no momento do assalto, optou por não trocar tiros no centro de Criciúma para evitar vítimas fatais. “Seguimos um protocolo em que a missão número 1 é salvar vidas. Tínhamos reféns, vidas sendo postas em um jogo duro com armas de fogo de grosso calibre. A PM não troca tiros quando se tem reféns. Agora creio que é uma questão de tempo para que muito mais gente dessa quadrilha seja presa, porque entra em cena o Ministério Público e o Poder Judiciário com autorizações de interceptações telefônicas e muitas outras coisas”, disse Dimitri.