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A agonia dos pacientes de hemodiálise

Um deles reclama que o grupo precisa aguardar na rua, no Hospital São José, logo nas primeiras horas do dia

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 12/06/2020 - 17:42 Atualizado em 12/06/2020 - 18:17
Foto: Divulgação
Foto: Divulgação

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Pacientes que realizam o tratamento de hemodiálise no Hospital São José (HSJ), em Criciúma, estão tendo que aguardar na rua para serem atendidos logo nas primeiras horas do dia. A situação vem se estendendo já há dois meses, por conta da pandemia, e segundo o paciente Edvaldo Corrêa, nada foi resolvido até agora. Ele procurou o 4oito para registrar a reclamação.

Edvaldo destaca que os pacientes não podem mais entrar pelo acesso do Pronto Socorro, por conta do risco de contaminação de Covid-19 e, por isso, foram deslocados para outra entrada. Acontece que muitos pacientes vêm de outros municípios para serem atendidos no HSJ e, como os portões de acesso só abrem após às 6h, precisam ficar esperando na rua. 

“Tem gente que vem de Lauro Müller, Orleans, Nova Veneza, Siderópolis, Içara, Rincão e até Araranguá, dos hospitais São João e Interclínicas, para fazerem o tratamento de hemodiálise ali. Chegamos por volta das 5h15 e, como o portão está sempre fechado, temos que aguardar até 6h20min, 6h15min”, disse.

Nesse período, os pacientes acabam ficando à mercê do tempo, tendo contato com a neblina, passando frio e até mesmo pegando chuva. O atendimento começa às 7h, mas os ônibus costumam chegar antes mesmo das 6h.“Isso para nós é péssimo, nosso sistema imunológico é fraco e temos pneumonia direto, tendo que aguardar descobertos ali”, disse. “Quem passar ali em frente, lá pelas 5h20, vai ver a gente sentado na calçada, porque não conseguimos ficar em pé por muito tempo”, completou.

A hemodiálise consiste na remoção de líquido e substâncias tóxicas presentes no sangue, atuando quase que como um rim artificial, filtrando e depurando as substâncias irregulares. Edvaldo faz o seu tratamento três vezes por semana e, mesmo sendo morador de Criciúma, chega cedo para ajudar os demais pacientes. Ele diz não ter reclamações sobre a qualidade do tratamento do hospital, mas sim atendimento.

“Não há o que reclamar da infraestrutura, o tratamento é 100%, o São José é referência nisso. Mas estamos há tempos já pegando chuva e frio antes de sermos atendidos. Já levamos isso para direção, que disse que iria resolver e até agora nada”, declarou. Segundo Edvaldo, cerca de 40 pessoas fazem o tratamento no período da manhã, e mais ou menos 20 acabam tendo que esperar na rua. 

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