Devido ao decréscimo do número de matrículas, algumas escolas estaduais de Criciúma estão passando por um processo de municipalização. O caso mais recente é o da escola Marechal Rondon, localizada no bairro Santa Catarina, que a partir do ano que vem já passará a incorporar a rede de escolas do município. Além dela, a escola Luiz Lazzarin também foi municipalizada, e contou com uma série de reformas, sendo entregue em maio deste ano.
De acordo com a coordenadora regional de educação, Ronisi Guimarães, nenhuma municipalização acontece em vão, dependendo sempre de uma série de fatores e análises. “Nós temos um programa chamado POE [Programa de Oferta Educacional] que analisa essa demanda de alunos. A municipalização depende do interesse da prefeitura, que nos procura, faz a análise do número de alunos e observa as necessidades da comunidade”, ressaltou Ronisi.
A coordenadora destaca também que a municipalização não é negativa nem para os alunos, que continuam recebendo um ensino de qualidade, e nem para os professores, que são totalmente realocados antes do processo, e que o decréscimo no número de matrículas não tem nada haver com a excelência do ensino estadual, mas sim com o grande número de escolas na região.
“Eu acredito que as famílias estão tendo menos filhos, e isso consequentemente faz com que tenham menos matrículas nas escolas. Além disso, o número de grandes escolas em um pequeno espaço demográfico é outro fator importante para essa diminuição desses alunos”, comentou.
Além da Luiz Lazzarin, municipalizada ainda no ano passado, e da Marechal Rondon, as escolas Maria José Peixoto e Jarbas Passarinho também passarão por mudanças enquanto ensino. A Jarbas deixará de oferecer o Ensino Fundamental e disponibilizará apenas turmas de Educação de Jovens e Adultos (CEJA), enquanto a José Peixoto ficará apenas com o EJA diurno.
Estamos com investimentos altos nas escolas de nossa região. Recentemente, fechamos contrato com uma empresa que deve realizar o reparo das escolas estaduais quase que imediatamente. A municipalização, da mesma forma, vem para atender outras necessidades, como ensino de jovens e adultos”, concluiu a coordenadora.