Nova variante da Covid-19 pode chegar nos próximos meses. As pessoas, que já não estão mais usando máscara e se adequam, aos poucos, à vida normal, estão preparadas para mais uma onda do vírus? O pneumologista Dr. Renato Matos, em entrevista ao programa Ponto Final, da Rádio Som Maior, ressaltou que a pandemia não chegou ao fim.
“A pandemia nunca terminou, a pandemia não termina por decreto (...). Uma situação política decretou o fim da emergência sanitária. Isso é um ato político, não é um ato científico. Nós não temos esses dados ainda para dizer que a pandemia terminou”, exclamou o médico.
Decorrente da Ômicron, novas sub-variantes do vírus surgiram. Segundo o pneumologista, a BA.1, BA.2, BA.3, BA.4 e BA.5, que foram detectadas recentemente, reforçam a necessidade de que as pessoas completem o esquema vacinal.
A vinda de uma nova variante foi divulgada por um estudo realizado pela USP (Universidade de São Paulo) em parceria com o Instituto de Química e o Hospital Sírio-Libanês. Ele foi publicado em uma renomada revista científica no último dia 16.
Vacinação
Em Criciúma, 80 mil pessoas não tomaram a dose de reforço. “Esse número imenso acarreta um risco caso surja uma variante”, alarmou. “Essa semana eu já atendi 4 ou 5 pacientes com Covid, coisa que eu não atendia mais”.
O pneumologista relatou que apenas duas doses da vacina contra a Covid-19 não são suficientes. Segundo ele, a dose de reforço vai reduzir os danos deixados pela doença e a possibilidade de efeitos colaterais é menor do que as complicações que o vírus causa.
“Essas pessoas que estão com uma dose só, correm um risco grande de ter complicações. Nós pedimos encarecidamente que as pessoas façam a terceira dose”, destacou Matos.