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Pessoas que moram ao longo de 2,6 quilômetros de uma via que liga a Rodovia Sebastião Toledo dos Santos e o bairro Vila Zuleima reclamam da poeira. O que acontece é que no local aconteciam as obras do Anel de Contorno Viário, que estão paralisadas e, segundo eles, a rua estava bloqueada para a passagem de veículos, o que mudou recentemente.
“Esta rua fica atrás da minha casa. Os moradores estavam sendo prejudicados com aquela rua, entulho, fumaça quase todos os dias, estávamos sofrendo muito com isso, crianças, idosos, pessoas doentes. Pedimos para o presidente do bairro porque estava insuportável viver nesta situação. Pedimos que eles pudessem ajudar a gente, falar com alguém para ir tirar aquele entulho e que o pessoal não tivesse mais acesso aquele lugar onde colocavam até animal morto, só que o conselho comunitário além de limpar, abrir a rua. Uma rua que estava fechada sem o acesso de carros, motos. Mal passava uma bicicleta ali. E veio o transtorno. Poeira que tomou o bairro todo. Novamente fomos pedir socorro ao conselho comunitário já que foram eles com algumas pessoas que tiveram a irresponsabilidade de abrir aquela rua sem medir as consequências. Sabendo o que poderia prejudicar a comunidade, já que iam abrir a rua e deixar de chão, sem ser asfaltado”, comenta a moradora Silvana Fernandes Ronconi.
Silvana fala ainda que a via é de responsabilidade do Governo do Estado. “Se tiveram a irresponsabilidade de abrir para acesso de caminhões e carros, tentamos procurar os nossos direitos. Queremos uma solução porque é insuportável viver em um lugar com poeira com pessoas doentes. Eu mesmo estou sofrendo com esta poeira, tem as doenças que ela causa. Nós estamos procurando os nossos direitos. Pedimos ajuda para alguns políticos que vieram nos orientar”, fala Silvana, ao citar que os vereadores da Comissão de Obras do Legislativo de Criciúma foram chamados para auxiliar.
O presidente da comissão, vereador Salésio Lima (PSD), salienta que o responsável pelo Deinfra na região, Gustavo Taufemback também participou e se comprometeu em ir à Secretaria de Municipal de Infraestrutura tratar do assunto. “Falaram que fechar não vão. Fazer lombada não adianta. Pedimos que fique fechado o acesso como estava, até que venha a verba para terminar o Anel Viário. Fazer lombada, colocar areião não vai resolver o problema. Fechar só um pedaço para não prejudicar quem precisa, moradores que tem empresas”, completa Silvana.
Janete Honorato, além de sofrer com o problema em casa, ainda sofre ao ver a poeira invadir também o seu salão de beleza. “Com o pó não tem como trabalhar. O pó entra como se fosse fumaça. Para ficar em casa tem que ficar com as janelas fechadas. Os carros passam em alta velocidade e levantam a nuvem de pó. Eu tenho asma, tenho que fechar toda a casa e ligar o ar-condicionado. Tenho um vizinho que fez transplante de fígado e também sofre”, salienta.
