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A primeira tarde depois do assalto no Banco do Brasil

Policiamento reforçado, autoatendimento aberto, rua bloqueada e espera por peritos, a rotina horas após o ataque

Por Denis Luciano Criciúma, SC, 01/12/2020 - 16:25 Atualizado em 01/12/2020 - 16:31
Porta de acesso à agência continuou fechada o dia todo / Fotos: Marciano Bortolin / 4oito
Porta de acesso à agência continuou fechada o dia todo / Fotos: Marciano Bortolin / 4oito

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Não há mais cédulas pelo chão e o vai e vem das pessoas nos arredores demonstra uma certa tentativa de volta à normalidade. Mas o clima na tarde desta terça-feira, 1, não é o mesmo na agência Centro do Banco do Brasil, em Criciúma, em relação à véspera, por exemplo. O ataque desta madrugada deixou marcas.

Policiamento reforçado defronte à agência

A começar pelo isolamento da rua lateral, a Lauro Müller, pela qual, usando um acesso paralelo, os bandidos ingressaram no prédio, carregando os explosivos que permitiram a detonação que deu acesso deles à volumosa soma levada na ousada ação da madrugada. Não é possível passar pela Lauro Müller no trecho entre a Getúlio Vargas e a João Pessoa. Os estabelecimentos comerciais ali sequer abriram.

Trecho da Lauro Müller onde ocorreu o ataque ao Banco do Brasil segue fechado

Nesse quarteirão esteve estacionado, por várias horas, o Fiat Mobi vermelho no qual havia uma das bombas desarmadas pela manhã. O carro não encontra-se mais ali. Foi removido. Ele estava defronte ao Laboratório Búrigo, cuja unidade ficou parcialmente destruída pela ação dos bandidos, e não tem previsão de reabertura.

Também está sem atendimento ao público, naturalmente, a agência do Banco do Brasil. Peritos são aguardados para aprofundar os trabalhos de coleta de informações, tanto de papiloscopia quanto eventuais materiais genéticos ali deixados pelos criminosos, como o sangue visto em determinados pontos do prédio, certamente sangue dos envolvidos no crime que se feriram durante a ação.

A reportagem do 4oito teve acesso ao interior da agência. Mas somente na área de autoatendimento, onde os clientes podem acessar as máquinas para realizar transações. Havia no local uma funcionária do banco borrifando álcool gel nos móveis e equipamentos. A porta de acesso à parte superior do prédio, onde encontra-se a agência que foi atacada, segue fechada.

O autoatendimento está aberto

O Banco do Brasil informa que não teve funcionários seus feridos, e não confirma os valores que foram subtraídos. Estima-se que tenha sido algo entre R$ 30 milhões e R$ 50 milhões. A Polícia Civil segue investigando o paradeiro dos criminosos. O grupo contava com algo em torno de 30 a 40 homens que usaram cerca de dez carros, abandonados por volta das 2h30min no interior de Nova Veneza. Durante o ataque ao Banco do Brasil, muitos tiros foram disparados na área central.

Perto dali, tiros na Caixa

Embora tenha anunciado que não foi alvo de ataques, e atendeu seus clientes normalmente ao longo desta terça, a Caixa Econômica Federal também foi alvo de disparos. Na fachada da agência Centro, na Rua Santo Antônio, a uma quadra do Banco do Brasil, há sinais de balas e um aviso, para que as pessoas não toquem, pois há, claramente, possibilidade de quebra da vidraça, que ficou trincada.

Agência da Caixa funcionando normalmente. O banco não foi atacado, mas houve disparos contra a fachada

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