Pelo menos cinco ocorrências foram registradas nesta semana de colmeias de abelhas em apartamentos de Criciúma. O fato chama a atenção pelo grande número de abelhas envolvidas, chegando a 40 mil delas em um dos casos. A professora Birgit Harter Marques, - doutora da Unesc e estudiosa sobre abelhas - explica que a presença da grande quantidade do inseto precisa ser encarada com cuidado, já que eles possivelmente passam por período de stress e se tornam ainda mais agressivos.
Sobre o fenômeno - conhecido como “enxameamento” - a doutora aponta que pelo fato deste período existe grande disponibilidade de flores e, logo, alimento para as abelhas, o que causa um stress na colmeia. “Os prédios que temos nas cidades fazem com que as abelhas não consigam voar de forma horizontal na procura de um lugar permanente adequado para se instalar. Sendo assim, elas estão se dividindo, pois são muito numerosas, e procurando lugares arejados, escuros e seguros”, destaca, acrescentando que as altas temperaturas também influenciam no processo.
Outro alerta que a doutora faz é que o manuseio das colmeias deve ser feito por qualificadas, como os apicultores. “Este é um processo natural, que pode durar alguns dias, caso elas considerem o local temporário, ou um período maior, no caso de a colmeia avaliar o ambiente como ideal. O manuseio do enxame deve ser feito apenas por apicultores preparados e com os equipamentos adequados para tal”, conclui a professora.