Acompanhe a segunda edição do Webinar da Unesc nesta quarta

Boa noite a todos. 

Luciane Ceretta agradece aos convidados e encaminha para o fim da vídeo conferência. 

Paulo Eli: "as medidas de manutenção de empregos está dando certo. Perdemos empregos que criamos ano passado, porque micro e pequenas empresas empregam a maior parte. Assim que a economia voltar, é uma mão de obra que volta a ser contratada"

Evento vai chegando ao fim. Pergunta de espectadores é sobre o número de empregos afetados na pandemia. 

Paulo Eli: "a expansão da construção civil é uma base importante para o crescimento do Sul do Estado", replica. 

"A gente tem uma base forte na manutenção do saldo do FGTS. Toda modelagem que a gente utiliza para trazer novidade de saque de FGTS ou a nova ação de R$ 1 mil para o segundo semestre, ele se baseia na estabilidade do estoque de recursos de FGTS dentro do fundo. Você sempre tem essa visão de que um dos instrumentos importantes para estimular a demanda é usar o FGTS", responde Bruno Funchal. 

Paulo Eli fala agora sobre o déficit habitacional no Brasil e lembra da produção na construção civil no Sul catarinense. Pergunta como o governo federal trabalha no crédito habitacional. 

Paulo Eli: "precisamos de um projeto nacional de desregulamentação. A burocracia é criada e ninguém quer falar sobre isso. O custo do setor público está em cima da burocracia", disse. "Ficou para se eternizar no poder público", critica o secretário da Fazenda. 

Mário César de Aguiar, presidente da Fiesc fala sobre um fundo garantidor para sustentar o crédito para as micro e pequenas empresas que não tem patrimônio. 

Fala agora é sobre a desburocratização do crédito para os pequenos empreendedores. 

Paulo Eli fala agora sobre o porto seco de Criciúma: "Temos uma subutilização da Ferrovia Tereza Cristina, está à disposição e só precisamos juntar as peças para que tenhamos o porto seco. A junção de cargas pode acontecer, mas tem que envolver toda a região. É mais uma questão da iniciativa juntar forças". 

Sobre os setores beneficiados: "A gente teve um choque tecnológico. Vai ter impacto em produtividade. No setor privado tem uma gama de possibilidades. O saneamento está na cara do gol", disse. 

"No segundo semestre desse ano imagino que a economia deve retomar, com crescimento acelerado para 2021. Se tiver sendo criada alguma bolha, os instrumentos que existem via Banco Central vão ser utilizados sem muito problema", continuou Bruno. 

"Pelos indicadores de inflação do mundo inteiro, o tanto de recursos injetado, acredito que é para manter as funções vitais e não gera uma bolha"

"A gente não está dando esteróide para a economia crescer, mas sim um remédio para que possa religar as máquinas assim que a economia sair do ciclo de baixa. É um fenômeno no mundo inteiro", seguiu Bruno. 

"Estamos alguma coisa em torno de 5% do PIB em despesa para retomada da economia", iniciou a resposta

Bruno Funchal, do ministério da Economia, responde pergunta da Acic: "os recursos injetados podem criar uma bolha? Quais setores devem puxar o PIB para cima?"

"O nosso sistema tributário é antigo. O ICMS tem que morrer. Temos que criar nova forma de tributação e não um que prejudique os mais pobres. A distribuição dos municípios é com valor agregado. Se a região não tem valor agregado, não tem distribuição do ICMS. Tem que agregar valor aos produtos para que comece a receber mais recursos", respondeu Paulo Eli. 

Giovanni Dagostin, jurídico da Amrec, pede distribuição isonômica do ICMS para desenvolvimento do Sul do Estado. 

"O fundo do nosso U deve ser breve. Não deve ser V, mas já está acontecendo (a retomada). A secretaria da Fazenda é um dos pilares que tomam decisões no Estado", acrescentou Paulo Eli. "Se perdermos a mão com relação à saúde, a economia vai sofrer", concluiu. 

Sobre os impactos econômicos: "Com a liberação das atividades, acreditamos que a normalidade vai voltar. No ano passado o Estado gerou 100 mil empregos e perdemos em torno de 70 mil. As indústrias precisam de pessoas com mão de obra especializada. Quanto antes voltar ao novo normal, de todo mundo se cuidando até achar a cura da doença, acreditamos que o coronavírus vai ter ciclos, os empregos vão voltar, porque o mercado está voltando", disse.

Sobre o Coes: "É da secretaria da Saúde com base na técnica. Até dia 2 de agosto temos atividades para abrir, que é a das aulas. Todo o trabalho que teve foi um sucesso", respondeu Eli. 

"Os bancos se retraíram por causa dos riscos. O Estado disponibilizou R$ 70 milhões a juros zero para MEIs, via Badesc. Também R$ 30 milhões de subsídio de juros ao Badesc e BNDE. Acontece que há pouco dinheiro para liberar. Acredito que vai melhorar com a MP do governo federal de garantir os recursos aos bancos", responde Eli. 

Também perguntou sobre o Coes, que avalia a questão do Covid, se há participação da secretaria da Fazenda.

Perguta a Paulo Eli sobre a dificuldade em segurar empregos que podem ser perdidos e as dificuldades para acesso a linhas de crédito.

Tita Belloli, presidente da Câmara de Vereadores, faz pergunta neste momento. 

O debate agora está aberto a perguntas. 

E também citou que precisa de crédito para o desenvolvimento, como um quarto pilar. 

Apontou três pilares para retomada da economia:

- aumento da competitividade

- pacto institucional de poderes para ambiente favorável aos negócios

- investimento elevado em infraestrutura

"O setor hoteleiro e de restaurantes demoram mais a se recuperar e tem que ter política do governo", apontou o presidente da Fiesc. 

"Há necessidade de criar políticas de desenvolvimento da política de turismo catarinense. Temos um litoral maravilhoso, mas está praticamente todo ele poluído e há deficiência de rodovias", disse Márcio. 

"É importante que o setor produtivo esteja atento às novas demandas da sociedade. Quanto antes antecipar essa mudança, mais rápido poderá mitigar os efeitos da pandemia", avalia.

"Essa pandemia provocou uma antecipação do futuro. Há um tempo, verificávamos de aplicar o teletrabalho, que deveria agilizar a digitalização. E a pandemia provocou isso. Existem décadas que não ocorrem nada, mas existem semanas que podem correr décadas"

"Não recebemos grandes investimentos nacionais e internacionais. Os grandes grupos empresariais são nascidos no Estado. Demonstra uma qualidade de empreendedorismo do Catarinense e há de achar o menor caminho possível para melhorar a situação",  analisa Márcio. 

"A nossa indústria é a mais diversificada do país e dá condições de termos vantagens em relação a outros estados. A indústria tem participação importante e o Estado precisa criar política industrial para preservação"

"Santa Catarina, na parceria entre governo, MP, Alesc e setor produtivo, encontrou um caminho que deu segurança sanitária e desenvolvimento econômico. Certamente teremos prejuízos, em SC, pelo histórico, não deve ser tão grande", projeta o presidente da Fiesc. 

"Talvez muitos não entenderam o modelo de isolamento, mas foi importante naquele momento. Também foi um dos primeiros governos a liberar", ressaltou Márcio. 

"Temos um estado estruturado, resolvido em termos de Brasil. Essa pandemia vai exigir do catarinense, principalmente, um protagonismo no sentido de encontrar as medidas que poderão mitigar os efeitos", diz Márcio. 

Márcio César de Aguiar, presidente da Fiesc, fala agora. 

"Hoje temos R$ 600 milhões em obras de infraestrutura e que não vamos parar, porque gera emprego. Como trabalhar para recompor as rendas das famílias? O poder de compra das empresas? E o poder de compra dos governos?", questiona Paulo Eli. "A resposta a essas três perguntas, unindo-as, vamos conseguir que a economia se reative rápido. O Brasil é um país rico de recursos, mas de pessoas pobres", diz. 

"Vamos ter uma hora de desempregados. Como vamos gerar emprego?",  avisou Eli. 

"As gerações futuras vão ter que pagar a dívida que o governo federal está colocando na economia e dinheiro no bolso das pessoas. Faço a pergunta para a universidade para ver que gatilhos, que fatos de futuro podemos construir agora para que saiamos mais rápido desse U?

"Temos que construir o futuro. A economia vai mudar. A pandemia acelera a busca de soluções novas", ressaltou o secretário da Fazenda. 

"É o momento de agradecer a União pelo esforço e pela ajuda aos estados e municípios"

Em 2020 o crescimento de receita era de 8%

Projeção até o fim do ano de encolhimento de receita de 12%. "Isso quer dizer que vamos voltar a níveis de 2018. Ano passado teve crescimento de receita". 

"Quando decretou o isolamento, nós praticamente fechamos todas as atividades do Estado e teve custo econômico para Santa Catarina", disse Eli.

Receita em abril caiu 19% em relação ao ano passado.

24% de queda de ICMS em relação ao ano passado. 

"Tivemos superávit primário ano passado, veio a pandemia e temos que recuperar esse espaço", acrescenta.

"O Estado de Santa Catarina tem receita líquida de R$ 25 bilhões. 1/4 é usado para dívida pública e previdência. Isso são legados que o Estado tem que administrar", disse Paulo Eli. 

Fala sobre a estadualização do porto de Imbituba que levou mais desenvolvimento à região. 

Parabenizou a Unesc pelo observatório. "Apesar do Estado crescer 4x mais do que o Brasil, a região de Palhoça para cima cresce mais. A região Sul precisa de mais desenvolvimento"

Secretário da Fazenda do Estado, Paulo Eli, falará agora sobre a avaliação do governo do Estado na pandemia. 

Waldery encerrou a participação no encontro, pois tem um compromisso. Deixou dois representantes do ministério na vídeo conferência. 

"Passada a crise, é buscar reativar a economia e o setor privado será importantíssimo. Buscar nova agenda de reformas no Congresso, o pacto federativo e a reforma tributária", projetou Waldery. 

"Por mais intensa essa crise, ela tem início, meio e fim. Após, precisamos estar com as finanças caminhando para um equilíbrio, que as nossas despesas caiam nas nossas receitas". 

"Modelamos para que os gastos sejam temporários e efetivos no combate ao coronavírus e que não comprometam as soluções à frente", disse Waldery.

"O Brasil tem feito um esforço gigantesco, saindo de uma posição fiscal frágil, temos que ser seletivos em curto espaço de tempo e ao mesmo tempo pensando no pós-pandemia".

R$ 18,2 bilhões de renúncia de receita. 

O Bolsa Família custa R$ 32 bilhões, a efeito de comparação. 

"O mundo todo vai ficar mais endivididado, de 17 trilhões de dólares. Nosso gasto adicional soma R$ 399 bilhões. O auxílio emergencial está hoje em R$ 152 bilhões e vai crescer, por conta da alta efetividade do programa", apresentou.

"Em março fomos atingidos por um cometa chamado coronavírus, o mundo todo requerendo um gasto muito além do que prevíamos, uma posição fiscal diferente da que planejávamos", aponta Waldery. 

Ele lembra que 14 estados estão em emergência fiscal, pela receita própria não cumprir com as despesas próprias. 

"Em função de reformas estruturais, como a reforma da previdência e encaminhado um conjunto de três propostas de emenda à constituição tratando do pacto federativo", acrescenta o secretário da Fazenda do ministério da Economia. 

A dívida pública que subia desde 2013 com o percentual do PIB, reduzimos para 75,8%. "Nossa dívida pública de é R$ 5,7 trilhões, mas já demos uma guinada, ao invés de ter aumento, uma redução", disse Waldery. 

"Estávamos no sexto ano de déficit primário. Mesmo sem contar o pagamento de juros da dívida, o recebimento de receitas primárias não é suficiente para dar conta das despesas primárias", disse. 

Waldery fala sobre a herança de um país com fragilidade fiscal. "Não havia equilíbrio de receitas e despesas", afirmou. 

Colocou-se à disposição da região e reforçou a importância da atenção às regiões do país. "Guedes coloca a necessidade de ter um federalismo ativo. É na ponta, no Estado que vive o cidadão"

Secretário da Fazenda do ministério da Economia parabenizou a Unesc pelo novo lançamento do observatório socioeconômico.

Waldery com a palavra. 

Waldery Rodrigues Júnior, secretário da Fazenda do Ministério da Economia, inicia sua participação no encontro. Ceretta pergunta a avaliação do ministério sobre os impactos da pandemia na economia e qual a preparação para o cenário que se avizinha. 

O coordenador adjunto da Economia da Unesc, Thiago Rocha Fabris, apresenta a plataforma. 

Serão três eixos de atuação:

Está sendo feito uma apresentação da economia do Sul catarinense pela assessora na Diretoria de Pesquisa e Pós-Graduação da UNESC na Unesc, Melissa Watanabe. 

"Terá uma finalidade ainda maior nesse momento de retomada da vida e da economia", celebra Luciane. 

O observatório abrangerá as três regiões do Sul catarinense. 

Hoje marca o lançamento do Observatório Socioeconômico de Inovação, por meio de ação de Esperidião Amin, que disponibilizou os recursos, de acordo com Ceretta. 

"Posso assegurar que a universidade não parou nenhum minuto, esteve conectada com a comunidade acadêmica, que afastou fisicamente um dos outros, mas segue caminhando a passos mais largos na direção do seu objetivo, a educação de excelência e transformação, inovação", diz a reitora da Unesc. 

"Temos duas alternativas: de espectador ou protagonizar ações que retornarão à própria comunidade, porque ela é fortemente impacatada pelos movimentos econômicos", segue Ceretta. 

"Desde o começo da pandemia a nossa universidade tem colocado ações e programas diferenciais nesse momento. É tempo de continuar contribuindo com a saúde, mas contribuir com a comunidade externa também no que se refere nas estratégias da retomada da economia", disse Ceretta. 

Participarão do encontro: 

Márcio César de Aguiar, presidente da Fiesc

Paulo Eli, secretário da Fazenda

Waldery Rodrigues Júnior, secretário da Fazenda do Ministério da Economia

O senador Esperidião Amin, que havia confirmado presença no encontro, não poderá participar. 

Luciane Ceretta dá boa noite a todos os que acompanham a vídeo conferência. 

"Os desafios da economia Pós-pandemia" é o tema do debate nesta quarta-feira. 

Boa noite. Em breve inicia a segunda edição do Webinar da Unesc. Você acompanha minuto a minuto as falas mais importantes do evento aqui no Portal 4oito