Com o coronavírus alcançando todos os continentes e a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarando estado de pandemia, começa-se um movimento mais intenso para testes de vacinas. Vindas dos mais variados países, diversas vacinas seguem sendo testadas mas, de acordo com o médico pneumologista Renato Matos, ainda não há uma vacina definitivamente efetiva.
“São muitos estudos iniciais e estão sendo testados uma série de medicamentos, mas com certeza ainda não há uma vacina que nos garanta a mudança de quadro”, afirmou o pneumologista.
Renato explica que um dos métodos mais eficazes de comprovação da eficiência de um medicamento é quando reunimos um grupo de pessoas e, aleatoriamente, lhes é apresentado duas cápsulas de remédio: uma com o remédio de fato e outra sem. “Nem a pessoa que vai tomar o medicamento e nem o próprio médico sabe qual cápsula contém o que. É então que um terceiro grupo entra e analisa os resultados”, destacou.
Apesar disso, caso seja definitivamente descoberta no exterior um medicamento de tratamento do coronavírus, pode ser que demore um certo tempo até que este chegue aqui. Isso devido a liberação da Anvisa e, mesmo que esta haja de maneira rápida, a estrutura não tão adequada dos laboratórios brasileiros pode atrasar o processo.
Em Criciúma
Em Criciúma já são 67 casos suspeitos de coronavírus. Entre estes, cerca de 40 são referentes à pessoas do próprio município e os demais de cidades vizinhas atendidas por Criciúma. Um dos grandes problemas é que a notificação da confirmação da suspeita só pode ser dado quando o exame der positivo ou negativo - o que pode demorar sete ou oito dias.
“Normalmente temos diversos pacientes na UTI que precisam de ventilação mecânica por conta de problemas respiratórios. Hoje em dia, qualquer um deles podem ser suspeitos de coronavírus. Os médicos estão tendo que tratar qualquer pessoa com sintomas respiratórios como suspeitos do COVID-19”, comentou Renato.