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Alesc sugere ações no combate a roubos de ônibus catarinenses

Presidente da Câmara de Criciúma levou a preocupação aos deputados estaduais nesta segunda-feira

Por Redação Florianópolis, SC, 01/07/2019 - 17:58 Atualizado em 01/07/2019 - 22:43
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Após ouvir o depoimento de lojistas, empresários do setor de turismo e fretamento de ônibus e autoridades policiais, a Comissão de Transportes e Desenvolvimento Urbano da Assembleia Legislativa (Alesc) decidiu nesta segunda-feira, 1º, propor ao Fórum Parlamentar Catarinense, ainda essa semana, que promova uma integração com os parlamentares gaúchos e paranaenses em busca de soluções para diminuir a onda de roubos a ônibus de fretamento e de turismo nas rodovias catarinenses e no Paraná.

Documento vai sugerir o aumento do efetivo de policiais rodoviários, aumento da cobertura celular e de câmaras de monitoramento nas rodovias, além da integração dos serviços de inteligência das polícias no combate ao crime.

O presidente da comissão, deputado João Amin (PP), viaja nesta terça-feira, 2, a Brasília onde procurará articular com os parlamentares catarinenses uma atuação em conjunto para atender a demanda dos lojistas e turistas catarinenses. A deputada federal Ângela Amin (PP/SC) e o senador Esperidião Amin (PP/SC), que participaram da reunião na Assembleia Legislativa, também vão atuar para o envolvimento do Fórum Parlamentar Catarinense, que reúne os 16 deputados federais e os três senadores, para tratar dos frequentes roubos a ônibus de fretamento e de passageiros.

O deputado Jerry Comper (MDB), membro da comissão, destacou que é importante a parceria dos órgãos de segurança, dos lojistas e dos empresários do setor de transporte com os deputados para buscar uma solução como forma de dar segurança às pessoas que viajam a turismo ou a negócios.

A reunião extraordinária da comissão foi motivada pelo pedido do vereador criciumense Miri Dagostim (PP), presidente do Legislativo de Criciúma, que relatou que na região há 20 empresas de ônibus que transportam mensalmente uma média de 3 mil passageiros que viajam a São Paulo para buscar roupas para comercializar e estão preocupadas, desmotivadas e que podem até fechar suas lojas. ”Precisamos de apoio para estancar esses roubos que vêm prejudicando o comércio da região.”

Depoimentos e preocupações

O empresário Paulo Cesar Lasta, proprietário da empresa de transportes Mônica Turismo, de Novo Hamburgo (RS), falou na reunião da violência registrada contra quatro ônibus de sua propriedade, em 2017, envolvendo 150 pessoas. Lembrou que os criminosos fecharam a rodovia BR 101, em Tijucas do Sul (PR), utilizando um caminhão guincho e armamentos pesados. Relatou que foram mais de 20 tiros em um dos ônibus, um dos motoristas foi ferido com dois projéteis no ombro e vários passageiros agredidos. Em 2018, voltou ocorrer novamente outro assalto, em Quatro Barras (PR). “Precisamos de apoio e de mais combate a esse crime. Não adianta nem apoio de escolta armada, os bandidos estão mais armados que a própria polícia”, reclamou.

A lojista florianopolitana Elis Catarina de Souza lembrou que em 2011 sofreu um assalto quando buscava roupas em São Paulo para vender em sua loja. “Foram horas de terror, os criminosos nos tiraram da rodovia em Santa Catarina e nos levaram para um cativeiro no Paraná, de noite, onde fomos obrigados a entregar todas as bolsas e tirar as roupas. Eles com forte armamento e com terrorismo levaram dois ônibus para o local e nos levaram tudo.”

O presidente da Associação das Empresas de Transporte Turístico e Fretamento de Santa Catarina (AETTUSC), José Marciel Neis, disse que o setor reúne duas empresas e geram 30 mil empregos, mas vem sofrendo com a violência dos roubos. “A maioria dos roubos ocorre no Paraná, somente 15% em Santa Catarina, por isso a dificuldade nas investigações, por isso precisamos da integração das polícias dos dois estados com a do Rio Grande do Sul para diminuir ou até acabar com eles.

Não são só os sacoleiros que são assaltados, é todo transporte, desde estudantes e grupos de terceira idade.” Segundo Neis, com os roubos o movimento diminuiu em 40% e vem afetando as empresas.

Além do constrangimento das pessoas que são roubadas, a violência contra os motoristas e passageiros, uma das preocupações do presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), Ivan Roberto Tauffer, é com o prejuízo para economia catarinense com o fechamento das lojas. “Muitos lojistas estão falindo devido a esses roubos e outros assustados com a violência. Precisamos de maior atenção e combater esse crime.” O presidente da CDL de Joinville, José Manoel Ramos, obervou que a maioria dos assaltos ocorre no Paraná e em São Paulo, mas não há troca de informações dos inquéritos policiais envolvendo os lojistas catarinenses.

Atuação em conjunto e pleitos

O diretor da Deic (Diretoria Estadual de Investigações Criminais), Luís Felipe Del Solar Fuentes, sugeriu que os empresários e lojistas encaminhem para ele todos os registros de roubos do setor e informou que vai procurar a integração com os policiais do Paraná e do Rio Grande do Sul para troca de informações de combate a esse tipo de crime.

A parceria e união de esforços para combater o crime também foram sugeridas pelo diretor de operações da Arteris Litoral Sul, empresa concessionária que administra rodovias localizadas nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná, Antônio César Ribas Sass. Informou que a empresa vai aumentar o número de câmaras de monitoramento nas rodovias e que pretende unir as informações nos três centros operacionais que atendem as rodovias no Paraná e Santa Catarina em parceria com a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e a Polícia Civil.

O chefe do núcleo de inteligência da PRF, Alberto Guesser, apresentou dados dos números de roubos de ônibus nos últimos três anos. Em Santa Catarina foram um caso em 2016, cinco em 2017 e cinco em 2018. Já no Paraná, foram 31 casos em 2016, 29 em 2017 e 31 casos em 2018, sendo que na maioria em regiões sem cobertura de celular. “Precisamos que as operadoras aumentem as áreas de cobertura e que aumentem o número de efetivo de policial rodoviário. São 495 em Santa Catarina para atender 2.600 quilômetros de rodovia.”

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