Desenvolver um trabalho em prol da sociedade. Essa característica é a que mais encanta e chama atenção do Promotor de Justiça Alex Sandro Teixeira da Cruz, de 59 anos, na sua carreira. O servidor do Ministério Público (MP) de Santa Catarina há 34 anos, estreou o Nomes & Marcas de 2022, exibido na Rádio Som Maior, neste sábado, 5. Durante a entrevista ele falou sobre a sua trajetória e os fatos marcantes já vivenciados na profissão.
O membro do MP Estadual que será promovido a Procurador de Justiça na próxima terça-feira, 8, está inserido na área de forma informal desde o início da sua adolescência, aos 12 anos. Seu pai Herohito Vianna, também Promotor de Justiça na época, o levava para o gabinete de atuação. “Nas ocorrências mais simples que não envolvia grandes lesões, eu já ajudava no trabalho”, disse Alex Sandro Teixeira da Cruz, que aos 16 anos, ingressou na graduação de Direito na Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS).
Ainda durante a faculdade, era funcionário de cartório em Porto Alegre. Com 22 anos concluiu o curso e foi para Rondônia, se inscrever em um Concurso Público para Promotor de Justiça – atuação que já era seu objetivo - onde trabalhou por alguns anos. Em 1998, abriu outro Certame em Santa Catarina, Estado em que Alex sempre teve o sonho de trabalhar. Desde então, atua em Criciúma.
“O Ministério Público é uma instituição na estrutura do Poder Público do estado, mas tem uma função muito especifica que é a defesa social. É um conceito muito amplo e muito extenso, desde aquela época já começava a sair daquela rotina exclusiva da área criminal e começa a ter uma abrangência muito grande”, destacou do Promotor de Justiça.
O caso mais marcante
Questionado pelo apresentador Adelor Lessa sobre qual a situação que mais marcou a sua carreira, Alex Sandro afirmou que foi o caso Kenifer Maria de Jesus Guimarães. Trata-se de um crime brutal de estupro seguido de morte, praticado contra uma menina de sete anos, em 2010, no bairro Floresta II, em Criciúma.
A
vítima foi enforcada com a sua própria calça em um alambrado de um campo de futebol e encontrada já sem vida pela Polícia Militar (PM). O fato aconteceu após um motociclista passar pela rua onde ela brincava com outras crianças e levar a menina na garupa dizendo que foi a pedido a pedido da sua mãe que a chamava para ir pra casa.
“Foi um fato que me marcou muito, porque por mais que a gente tente separar a parte profissional da pessoal, as vezes o sentimento acaba se misturando. Eu sou uma pessoa muito sensível quando envolve criança. Trabalhei desde a denúncia até o tribunal do Júri e tivemos o êxito em conseguir a condenação da pessoa que praticou esse crime brutal”, enfatizou o Promotor.
O trabalho mais importante
Para Promotor de Justiça, o trabalho mais importante da sua carreira foi a instauração do inquérito civil em 2009, para a abertura da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal do Hospital Infantil de Santa Catarina, de Criciúma, seguida celebração de
“Se a gente for parar pra pensar, na época a região criciumense já tinha seus 400 mil habitantes, já tínhamos muitos habitantes. Havia em torno de quatro a cinco crianças que faleciam recém nascidas nesses trajetos para se dirigir a UTI Neonatal que não existia aqui”, comemorou Alex pela conquista.
Ouça a entrevista completa com Alex Sandro Teixeira da Cruz, no Nomes & Marcas: