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Apesar do decreto editado pelo governo estadual proibindo a circulação do transporte coletivo municipal, os ônibus começaram o dia operando normalmente em Criciúma. A medida, anunciada na terça-feira, 17, pelo governador Carlos Moisés (PSL), será publicada nesta quarta e suspende por sete dias "a circulação do transporte coletivo urbano municipal, intermunicipal e interestadual de passageiros", dentre outras probições.
A Associação Criciumense de Transporte Urbano (ACTU) disse que permanecerá com as atividades até que sejam estabelecidos os termos pelo poder municipal. Quem falou sobre o assunto foi o diretor da ACTU, Davi Tiscoski, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, da Rádio Som Maior, nesta quarta-feira.
"Em Criciúma, falaremos com o poder público municipal, que é o poder concedente do serviço, para que sejam estabelecidas as diretrizes (da circulação do transporte público) no município. Nossa atividade é essencial e um direito social, está baseada nos princípios da continuidade do serviço, generalidade e universalidade. Nós temos que atender aquelas pessoas que vão para a farmácia, hospital e trabalho. É uma atividade diferenciada e que exige uma atenção especial do poder público", disse.
A determinação de Carlos Moisés inclui suspensão de outras atividades, como academias e eventos sociais, proibição de nova hospedagem na rede hoteleira e diminuição da atividade fabril em cidades em que o contágio do Covid-19 é comunitário, ou seja, não há identificação de quem foi o transmissor.
A ACTU afirma que a determinação para suspender as atividades ou não do transporte coletivo deve partir do município e será feita uma reunião com o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) na manhã desta quarta. Na terça, a prefeitura decretou a proibição de missas, cultos e eventos sociais na cidade.
"Agora pela manhã os serviços (do transporte) continuam até que haja posicionamento do poder público. No âmbito do município, cabe ao município definir as diretrizes. Há o conflito em função do estado de emergência, por isso a necessidade das empresas contactarem o poder municipal para que ele verifique essa questão e estabeleça como será o serviço em Criciúma", concluiu Davi.
