Dinâmico e produtivo. Esse foi o resultado do primeiro workshop que faz parte da programação do Plano de Desenvolvimento Socioeconômico. A primeira cidade foi Araranguá, em um evento que aconteceu em formato híbrido. Quem participou presencialmente foi até o campus da Universidade na cidade, os demais puderam participar de suas casas, porém, em possibilidades iguais: apresentar ideias projetando os dez próximos anos da cidade.
A atividade faz parte da segunda etapa do planejamento que tem o intuito de pensar lá na frente, no futuro. "É um dia de muito trabalho, em que pensamos Araranguá para os próximos dez anos. Muito obrigado a todos que estiveram presentes nesta sexta-feira à noite, pois é um dia muito importante porque as pessoas que participaram no presencial ou no virtual, estarão sendo autoras de um processo muito importante deste município, que é pensar o amanhã, é se projetar em 2033 e a gente sabe que é um exercício muito importante porque precisamos nos desfazer do presente, ir para o futuro e voltar para o presente para imaginar esse futuro. É uma dinâmica híbrida, que o mundo em transformação nos permite aproximar as pessoas que estão em diferentes locais tenham as mesmas experiências. O que acontece aqui, acontece nas aulas da Universidade todos os dias. temos alunos no presencial, alunos no virtual, tendo uma experiência presencial, ou seja, ao vivo, sem nenhum tipo de corte", destaca a Pró-reitora de Planejamento e Desenvolvimento Institucional da Unesc, Gisele Coelho Lopes.
Respondendo perguntas, projetando o futuro
Os araranguaenses foram convidados a responder algumas perguntas, entre elas, "quais são as principais dificuldades e desafios do município atualmente?". Divididos em grupos, os participantes debateram e apresentaram várias respostas, entre elas: saneamento, acessos ao município, turismo, mobilidade urbana, educação, infraestrutura, esporte, lazer, desburocratização, inovação, energia elétrica e meio ambiente. A atividade contou com a mediação do professor Igor Drudi, referência nacional em Inovação, especialista em design experiencial e mestre em desenvolvimento socioeconômico.
Para essa primeira indagação sobre as dificuldades e desafios, o presidente do Conselho Municipal de Inovação de Araranguá, Roberto Ostetto falou em nome dos participantes e levantou várias questões, trabalhadas em seu grupo de trabalho. "Temos duas grandes lagoas, porém não vemos falar de remo e vela, que são esportes que trazem muita gente não só para a competição, mas que contribuem para a economia", diz.
A segunda questão proposta foi "quais as potencialidades da cidade hoje?" Entre as citações, estiveram turismo, agricultura, artesanato, cultura, cidade universitária, atração de empresas, entre outros. "Os planos municipais dos municípios da Amesc estão sendo desenvolvidos pela Unesc, já o regional é por conta do Sebrae/SC em uma outra esteira para podermos conseguir até novembro concluir essa maratona. Mas estamos muito comprometidos em fazer com que esse trabalho, ao final, tenha a digital de todos vocês que participaram. Ao final de toda esta caminhada teremos vários encontros, com projetos em conjuntos, comissões porque acredito que isso é que faz o município ser cada vez melhor", finaliza Gisele.
Sonhos
Por último, todos foram convidados para responder a pergunta: "quais são os seus sonhos para o município?"
Entre as citações, apareceram novamente mobilidade, turismo, agricultura e ainda, agroecologia, esporte aquático, gastronomia, entre outros. Alguns destes foram citados pelo empresário José Luiz Ecker, que explicou porque eles foram debatidos em seu grupo durante o workshop. "Precisamos de melhor acesso ao rio, que oportunizará melhorias para todos. Temos o mar aqui e a condição de ter um porto, pois cidades que têm portos têm condições de crescer. É preciso ainda destravar a legislação, o que beneficiaria o turismo. Na mobilidade urbana, temos dificuldades de acesso de Barra Velha a Ilhas, que precisa ser feita, assim como do Morro dos Conventos ao Paiquerê", comenta.