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As mortes na pandemia e antes dela

Comerciante apura dados sobre óbitos em Criciúma. E os números chamam a atenção: 1,2 mil há quatro anos, 1 mil em 2020

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC, 13/11/2020 - 10:35 Atualizado em 13/11/2020 - 11:08
Fotos: Beatriz Coan / 4oito
Fotos: Beatriz Coan / 4oito

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Já faz praticamente oito meses que a pandemia do novo coronavírus estourou em Santa Catarina. Em 17 de março, como forma de prevenção, o Governo do Estado determinou suspensão de diversas atividades em todas as 295 cidades catarinenses, mantendo somente os serviços essenciais abertos e causando impactos diretos na economia. No programa Agora desta quinta-feira, 12, profissionais discutiram os efeitos da pandemia na educação, comércio e no setor de eventos de Santa Catarina.

Dos três segmentos abordados, o comércio foi o primeiro a voltar a funcionar em Santa Catarina. O retorno aconteceu em abril, com diversas restrições que se mantém até hoje e que impacta, de certa forma, a execução dos serviços. Na Amrec, por exemplo, os provadores de lojas de roupas tiveram que se manter fechados até o último mês, quando a região passou caiu para o risco potencial alto. Nesta semana, os provadores voltaram a fechar, devido a atualização do mapa de risco.

“O pequeno empresário e os pequenos segmentos também tem família, e nos preocupamos com a saúde e bem estar das nossas famílias e das de todos. Desde o princípio estou acompanhando as informações sobre a Covid-19 que vem vindo na mídia, e sofremos muito com o fechamento. Eu sou contra o fechamento, entendo que lockdown não resolve o problema porque, se resolvesse, o Reino Unido não estaria liderando o ranking mundial de mortes por Covid-19”, destacou a comerciante Pleiade Boeing.

Comparando as quantidades de mortes

Para justificar o seu ponto de vista, a comerciante levantou uma série de dados divulgados pelo portal da transparência dos cartórios de Criciúma, comparando as quantidades de óbitos totais no município de março a outubro, de 2016 à 2020, considerando as mais diversas causas. Os dados apresentados por Pleiade mostram que, em 2020, em plena pandemia de Covid-19, Criciúma teve 20% a menos de óbitos quando comparado à 2016 e 2017.

“Tenho acompanhado desde o início da pandemia o número de óbitos, comparados com os últimos cinco anos. Em 2016 e 2017, tivemos 1208 e 1213 óbitos entre os meses de março e outubro. Em 2020, no mesmo período e com a pandemia, tivemos 1006 óbitos, 20% a menos mesmo com a pandemia. Até mesmo em comparação com 2018 e 2019, que tiveram 892 e 926 mortes neste período, não é tão grande”, comentou.

Mortes por ano (Março a Outubro)
em Criciúma
Fonte: Portal da Transparência / Cartórios
2016 - 1.208 óbitos
2017 - 1.213 óbitos
2018 - 892 óbitos
2019 - 926 óbitos
2020 - 1.006 óbitos

As escolas e os eventos

Educação e Eventos são dois segmentos que praticamente não voltaram ainda no estado. Somente os eventos sociais, aqueles que não dependem de ingressos pagos, retornaram com inúmeras restrições em regiões específicas do estado. 

“Nos sociais, você consegue ter um controle melhor porque conhece as pessoas que irão ao evento, você tem lista, consegue manter o distanciamento e a capacidade de convidados. Mas as pessoas que trabalham com casas noturnas, por exemplo, também afirmam que conseguem controlar esse distanciamento e tudo mais, até porque existem regras dentro de portarias que, se descumpridas, contam com penalidades”, declarou a empresária do segmento de eventos, Daiane Savi.

Já as escolas ainda não voltaram completamente com as aulas presenciais em Santa Catarina - tanto estaduais, quanto municipais e particulares. No Cedup de Criciúma, de acordo com a diretora Maristela Bolan, os atendimentos e reforços pedagógicos individuais que estão retornando nas últimas semanas, já estão acontecendo há três meses.

“Tivemos que aprender a lidar com as tecnologias. Pensamos que temos que nos preocupar muito também com a parte psicológica dos alunos e graças a Deus temos uma psicóloga na escola. Temos ido atrás dos nossos alunos que estavam com muitos problemas devido a esses momentos que ficaram trancados e isso, para um adolescente, é muito ruim. Precisamos pensar nessa parte psicológica”, afirmou.

Ouça a íntegra do Agora no podcast:

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