As semelhanças entre o Furacão Catarina e o vendaval que atingiu a região

O vendaval que atingiu o sul do estado entre a terça e quarta-feira tem algumas semelhanças com o Furacão Catarina, que atingiu parte de Santa Catarina e Rio Grande do Sul, em março de 2004. A velocidade máxima do vento naquela ocasião foi de 149 km/h. Ontem, a maior rajada de vento foi registrada na Barragem do Rio São Bento a 134 km/h.

A força do furacão foi potencializada na época com a duração do vento por mais tempo e também com a chegada da chuva, que não houve na ocasião de agora. De acordo com o climatologista Márcio Sônego, os maiores danos de ontem e a madrugada desta quarta-feira não foram ocasionados pelo ciclone extratropical, mas sim por uma linha de instabilidade. "Uma migração de baixa pressão em direção ao oceano atlântico", ressaltou. "Em 2004 no Catarina, a frente fria passou e quando chegou na altura da baía, a baixa pressão e o ciclone voltaram. Aí foi o ciclone realmente, que veio do mar em direção ao continente. Esse de ontem e hoje foi em direção do continente ao oceano, por isso é extratropical", explicou.

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A parte positiva do ciclone ser extratropical é saber que ele está se distanciando do litoral. "Depois das 15h a gente já vai poder respirar mais tranquilo, mas até lá tem que ficar alerta", ressaltou.

Em alguns municípios, os estragos do vendaval de ontem foram maiores do que se comparado com o Furacão Catarina. Treviso, Lauro Müller e Praia Grande sofreram com os fortes ventos registrados entre ontem e hoje. 

O fornecimento de energia elétrica foi comprometido em todo o estado. Na macrorregião de Criciúma, que abrange os município desde Lauro Müller até Passo de Torres, mais de 25 mil unidades consumidoras ficaram sem luz nesta quarta-feira. A Celesc prevê que a normalidade deve ser retomada apenas no sábado.