Nove pessoas suspeitas de envolvimento no assalto a agência central do Banco do Brasil de Criciúma, ocorrido na madrugada da última terça-feira, 1, já foram detidos pelas autoridades catarinenses e gaúchas. Em coletiva realizada na manhã desta quinta-feira, policiais e demais autoridades da Segurança Pública do Rio Grande do Sul concederam maiores detalhes sobre as prisões efetuadas até o momento.
Em ordem cronológica, a prisão de suspeitos começou ainda na tarde de quarta-feira, quando dois homens foram detidos na BR-116 na altura de São Leopoldo, no Rio Grande do Sul. De acordo com o superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) gaúcha, Luís Reischak Júnior, os homens, que dirigiam um veículo Hyundai HB20 com placas de São Paulo, são paulistas, tinham 30 e 44 anos respectivamente, e contavam com celulares e uma quantia de R$ 8,1 mil.
Já no final da noite de quarta e início da madrugada de quinta-feira, três outros indivíduos foram detidos na região de Passo de Torres, ainda em território catarinense. Segundo informações repassadas pelas autoridades na coletiva, os três homens também eram paulistas e, com eles, foi encontrada uma maleta com cerca de R$ 49 mil em dinheiro.
Eles foram conduzidos imediatamente para a delegacia regional de Araranguá por motivo de segurança, por ser a maior delegacia próxima ao local da abordagem. Um dos indivíduos detidos em Passo de Torres afirmou que o dinheiro seria utilizado para o pagamento de uma residência no local.
Durante a madrugada desta quinta, a Brigada Militar do Rio Grande do Sul abordou uma residência localizada em Morrinhos do Sul, próximo ao município de Três Cachoeiras, sob suspeita do local. Lá, foram encontrados diversos objetos que indicam que a casa foi utilizada como local de transição de fuga dos criminosos após o assalto ao banco.
Além de detonadores de explosivos, celulares, latas de tinta spray de cor preta, roupas (algumas camufladas e até mesmo manchadas de sangue) e munições, foi encontrado também um indivíduo, o qual foi detido. O homem, que possui RG’s de São Paulo e Paraná, disse aos policiais que teria recebido cerca de R$ 5 mil para queimar os objetos que estavam na residência.
As últimas duas prisões ocorreram ainda na manhã desta quinta-feira, em Gramado, também no estado gaúcho. De acordo com o delegado João Paulo de Abreu, do DEIC, as autoridades do Rio Grande do Sul haviam sido informadas na quarta pelos policiais catarinenses de que haveria uma residência em Gramada que poderia ter envolvimento com o crime.
Na abordagem realizada na manhã desta quinta, um homem foi preso dentro da residência. O indivíduo, segundo João Paulo, seria natural de Minas Gerais e, ao que tudo indica, está envolvido com uma organização criminosa que atua em São Paulo e em todo o Brasil. Um outro indivíduo fugiu do local em direção a mata, mas acabou sendo preso e detido pelas autoridades.
Além dos oito suspeitos, há também uma mulher que foi presa em São Paulo, em uma residência com drogas, dinheiro, munições e explosivos. A mulher foi presa por uma delegacia de bairro no município, e as autoridades paulistas estão em contato com a DEIC catarinense para troca de informações. Ainda há poucas informações sobre sua relação com o crime ocorrido em Criciúma.