Está novamente adiada a assinatura do contrato de concessão da BR-101 Sul, entre Paulo Lopes e São João do Sul. A Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) confirmou que a assinatura com o Grupo CCR, vencedor da licitação, que aconteceria nesta quinta-feira, 25, está transferida para 9 de julho.
O leilão foi realizado em fevereiro, com a CCR estipulando pedágio de R$ 1,97 no trecho de 220 quilômetros. A ANTT sugeria o valor máximo de R$ 5,19, e os concorrentes da CCR apresentaram sugestões maiores: R$ 2,51 (Ecorodovias) e R$ 4,35 (Consórcio Way).
A tarifa deverá sofrer um ajuste para cima, já que o valor foi apontado pela CCR com base em estudos de tráfego de agosto de 2019. A regra das concessões aponta, também, que deve haver arredondamento para tarifa com final zero, devendo então ser praticado algo em torno de R$ 2,10.
A assinatura do contrato ocorreria em maio, mas a CCR solicitou o adiamento, argumentando que as restrições impostas pela pandemia de Covid-19 estavam atrapalhando o planejamento dos investimentos.
A CCR já opera pedágios no Rio Grande do Sul. Um deles fica, também na BR-101, no município gaúcho de Três Cachoeiras, cerca de 40 quilômetros ao sul da praça a ser implementada entre Passo de Torres e Sâo João do Sul, a mais meridional do novo trecho concessionado em Santa Catarina. Em Três Cachoeiras a CCR cobra R$ 4,60 o pedágio, R$ 2,50 acima dos R$ 2,10 que deverão ser aplicados na BR-101 sul catarinense.
Além dessa praça do quilômetro 460, entre Passo de Torres e São João do Sul, estão previstos pedágios no quilômetro 408 (entre Araranguá e Maracajá), 436 (entre Treze de Maio e Jaguaruna) e 298 (Laguna com Imbituba).
Pelo leilão, estão previstos nos 220 quilômetros que serão pedagiados investimentos de R$ 7,4 bilhões, envolvendo novas vias marginais e faixas adicionais, acessos, adequações de faixas, passarelas e pontos de ônibus, entre outras melhorias.