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Até onde o posicionamento de marcas contra o racismo não é oportunismo?

Onda manifestações vieram a tona juntamente com a colocação de empresas sobre o assunto

Por Paulo Monteiro Criciúma - SC , 12/06/2020 - 16:23 Atualizado em 12/06/2020 - 16:24
Foto: divulgação
Foto: divulgação

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O assassinato de George Floyd, um homem negro de meia idade, por um policial branco no final do mês de maio, desencadeou uma série de manifestações anti-racismo nos Estados Unidos e, também, no mundo inteiro. Dadas as grandes proporções tomadas, as ações chegaram também no mundo corporativo, com empresas se posicionando sobre. Mas até onde o posicionamento das marcas contra o racismo não é oportunismo? 

“Quando as marcas já possuem esse histórico de apoio a qualquer causa, você já sabe que não é oportunismo. Um exemplo é a Nike, que foi uma das primeiras a se posicionar nos EUA e já vem de um histórico com a comunidade negra, atletas e também no corpo corporativo - isso não é oportunismo. Agora se uma marca que nunca teve envolvimento com nenhuma causa, especialmente essa, faz um post ou tenta se aproveitar da onda, fica claro para as pessoas”, destacou a publicitária e especialista em Marketing, Alessandra Koga.

Não apenas sobre posicionamento, as ações que contradizem com as falas ditas por empresas muitas vezes são motivo de cobrança por parte dos consumidores. Um exemplo é o Youtube que, ao anunciar que doaria um R$ 1 milhão para causas da comunidade negra, foi questionada sobre não bloquear os vídeos racistas presentes em suas redes.

A Netflix é um dos exemplos positivos frente ao movimento Black Lives Matter, ou Vidas Negras Importam. A empresa, que já tem um histórico de apoio a diversas causas sociais, adaptou seu posicionamento para cada país que atua. “No Brasil, a empresa citou casos como o da Marielle e do menino João Gabriel”, destacou Koga.

O movimento do Blackout Tuesday, que trouxe um apagão para as redes sociais com pessoas e marcas postando simplesmente uma tela preta em apoio às vidas pretas, também foi criticado de algumas formas. “Vi muitos influenciadores que quebraram o ‘feed perfeito’ colocando o quadrado preto, mas que depois de dias tiraram para não quebrar o feed”, ressaltou a publicitária.

A cobrança por parte dos consumidores sobre a necessidade de um posicionamento frente a algum acontecimento também é algo frequente para as marcas. Muitas vezes, aquelas que optam não se posicionar, acabam sendo alvo de críticas justamente por isso. Outras, que se posicionam, as vezes são chamadas de oportunistas. 

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