[Áudio] Moradores irão solicitar nova suspensão do rotativo em Criciúma

A população de Criciúma participou de uma audiência pública, realizada na noite dessa quinta-feira (27), na sede da Acic, para discutir o estacionamento rotativo no município, principalmente nos bairros residenciais da cidade, como Pio Corrêa e o Comerciário. Na reunião, foi definida uma ata para a solicitação de uma nova suspensão da cobrança nos bairros. 

"Um dia pra ouvir a população e deixar a população falar. E eles falaram. Todos os que quiseram usar a palavra falaram. Trouxeram as suas angústias, trouxeram as suas preocupações, principalmente as ruas essencialmente residenciais", destaca o vereador e organizador da audiência, Nícola Martins (PL).

Após a audiência, a ata foi assinada pelos moradores, e será encaminhada para o MP. "Nós acreditamos que o Ministério Público vai tocar uma ação civil pública e, se isso não acontecer, a gente vai fazer por meio da Associação mesmo", informa o presidente da Associação de Moradores do Pio Corrêa, Renan Burígo.

Para o vereador, o problema não é a cobrança do rotativo, e sim a cobrança em ruas estritamente residenciais. "Ninguém é contra a existência do rotativo. O que se está debatendo são 10, 12 ruas que a gente precisa analisar se realmente é necessário, 10, 12 ruas que hoje estão desertas durante o dia. Os próprios moradores do comerciário falaram da preocupação deles em perder a vida do bairro", aponta. "Os carros que estacionavam ali, eles não sumiram, eles estão estacionando em outro lugar. Daqui a pouco, esses novos lugares, eles vão dizer que precisam de rotativo. Mas não precisa. Eu não duvido daqui a pouco a própria empresa desistir dessas vagas", completa.

Segundo o vice-presidente e advogado da Associação de Moradores do Bairro Comerciário (Ambac), Sérgio Biava Júnior, não faz sentido o pagamento do estacionamento nestes locais. "A implantação do rotativo ficou inviabilizada nessas ruas, justamente em função da não utilização, e gerou um impacto na migração das pessoas que costumavam utilizar essas ruas, para outras ruas", diz Biava.

Ouça o que disseram os entrevistados após a audiência: