[Áudio] "Nossa região não está preparada para viver sem o carvão", diz presidente da Amrec

Os prefeitos da Associação dos Municípios da Região Carbonífera (Amrec) se mobilizaram nessa quinta-feira (20), para discutir a prorrogação do contrato do Complexo Termelétrico Jorge Lacerda. A decisão sobre o futuro do complexo é considerada essencial para a economia regional, a manutenção de empregos e a segurança energética do país. 

"Eu pedi que ele [presidente da Diamante Geração de Energia] viesse numa reunião de todos os prefeitos, que isso aconteceu ontem, para esplanar a situação, para que todos nós pudéssemos ouvir e questionar, para que nós possamos fazer algo em função disso, porque nossa região ainda não está preparada para viver sem o carvão. Principalmente, Lauro Müller, Criciúma, Siderópolis, estamos aí muito quentes ainda com essa atividade do carvão", explica o presidente da Amrec e prefeito de Lauro Müller, Valdir Fontanella, em entrevista ao Programa Adelor Lessa, na Rádio Som Maior.

Segundo Fontanella, o estado tem permissão para exploração do carvão até 2040, para ter tempo hábil para a transição, mas o governo federal não cumpre sua parte no trato. "A lei permite que Santa Catarina explore o carvão até 2040, para que faça a transição para outro tipo de atividades em vários anos. Mas o governo federal, o atual governo, não está cumprindo a parte dele, porque não renovou no Rio Grande do Sul, que fechou a usina de Candiota. Também não renovou com Paraná e aqui em Santa Catarina, ele não renovou o contrato de compra do carvão", aponta.

Uma chamada pública está prevista para ser marcada até a próxima semana, onde serão apresentadas manifestações a favor e contra a continuidade da produção carbonífera. Além da chamada pública, prefeitos da região articulam uma mobilização em conjunto com sindicatos e a Associação dos Municípios do Extremo Sul Catarinense (Amesc) para pressionar o Governo Federal. "Na marcha dos prefeitos em Brasília, tivemos uma palestra com o ministro de Minas e Energia, mas foi meio vergonhosa. O senador Esperidião Amin foi a única pessoa que ficou em prol do carvão", criticou Fontanella.

Ouça, na íntegra, a entrevista com o presidente da associação: