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O prefeito de Criciúma, Clésio Salvaro, realizou mais um balanço da situação da pandemia do coronavírus na cidade. O pronunciamento foi realizado no fim da tarde deste sábado, 21, via redes sociais do governo. Além do prefeito, o secretário de Saúde, Acélio Casagrande, e o diretor técnico do Hospital São José, Raphael Elias Farias, também participaram da coletiva.
Reunião na AMREC
Na manhã deste sábado, o presidente da Associação de Municípios da Região Carbonífera (AMREC), Jaimir Comin, solicitou uma reunião com os prefeitos da região, a qual Salvaro participou. Dentro da reunião, algumas medidas foram tomadas.
“Decidimos algumas coisas, por exemplo as pessoas nos cobravam se teria toque de recolher, mas não, não terá, pois isso não compete aos prefeitos, então nenhum município irá determinar toque de recolher. Nem estado de calamidade no momento, os municípios irão decretar de acordo com as suas necessidade”, comentou Salvaro.
Referente as barreiras para isolar as entradas de casa, o prefeito explicou que não serão criadas e que os prefeitos estão trabalhando para isso. “Barreiras para isolar as entradas, também não serão criadas. Cada prefeito tem feito muito bem o seu dever de casa. Cada prefeitura está fazendo a sua parte. Não vamos trancar as entradas das cidades”, explicou o prefeito.
Atendimentos
Os atendimentos de saúde de Criciúma continuam em atividade constante, porém com demandas diferenciadas. A Unidade Básica de Saúde do 24h e a Upa da Próspera estão com os serviços mais voltados para doenças e queixas comuns, já o Centro de e o Hospital São José estão atuando para sintomas gripais.
“Todos os atendimentos do Hospital São José estão mantidos para o público que é referenciado desse serviço, então qualquer sinal de sintoma gripal e respiratórios tem essa rede, mas outras queixas tem as outras unidades e se necessário irão encaminhar para o São José”, comentou o diretor técnico do Hospital São José.
Conforme o secretário de Saúde do Município, os atendimentos já realizados no Centro de Triagem não foram poucos. “Já foram mais de 500 pessoas que foram atendidas no Centro de Triagem, sendo que aproximadamente 300 foram por consultadas por médicos. São dois médicos 24 horas que lá estão e que muitos deles voltaram para casa com orientação. Quase todos, apenas 26 desses 500, foram encaminhados para o hospital São José para aí sim fazer um tratamento mais adequado de hospital”, explicou Acélio.
Consultas e cirurgias eletivas, que não traz risco à vida, estão suspensas. “Os atendimentos estão mantidos, mas procurem as unidades da Boa Vista e da Upa, que o médico vai avaliar e havendo necessidade vai encaminhar para o Hospital”, acrescentou Farias.
Carros de som e atividades externas
Uma novidade foi a presença de carros de som na cidade, repassando mensagens sobre o coronavírus. “Contratamos carros de som para levar a mensagem para a casa das pessoas. Os carros de som junto com a Polícia Militar andando nos bairros, então se você ver algo diferente, festinha ou barzinho ligue para o 190 da Polícia Militar”, comenta Salvaro.
Parques da cidade
Os parques da cidade estão interditados. A prefeitura lacrou com fita de isolamento os espaços públicos, prevenindo que pessoas fiquem aglomeradas. “A fita não impede fisicamente que a pessoa vá ao parque. Mas moralmente ela demarca isso. Precisa só de um pouquinho de inteligência, não precisa de ter um cérebro de uma abóbora ou de um tomate, mas do tamanho de uma ervilha para entender que aquela fita impede para entrar naquele local”, explicou o prefeito.
Hotéis para profissionais da saúde
A prefeitura anunciou ainda na manhã deste sábado que contará com um hotel na cidade para abrigar os profissionais da saúde que estão atuando na linha de frente no atendimento dos casos de coronavírus. “Os profissionais que trabalham diretamente com as pessoas, elas podem pegar o vírus e vão para casa, e é para prevenir isso. Então vão ter um hotel com refeições, lavanderias e tudo. Se for necessário terá outro hotel”, comentou Salvaro.
O prefeito também visitou o Hospital Psiquiátrico do Rio Maina, que também pode servir como um local de apoio. O prédio conta com 180 leitos.
Exames em laboratórios
De acordo com o secretário de Saúde, a cidade conta com 77 coletados, com mais de 30 aguardando os resultados. “São dois casos internados, mas nenhum respirando com aparelhos eletrônicos. Aqueles que foram para casa, fizeram exames e ainda não tiveram o resultado, a nossa vigilância epidemiológica está dando assistência”, comentou Casagrande.
“Hoje o Hospital conta com três pacientes internados suspeitos, nenhum caso confirmado. Então os casos do hospital São José não são confirmados”, comentou Farias.
Transmissão comunitária
A transmissão comunitária é quando já não se sabe quando a sua origem. “No início da doença, como não tínhamos casos no Brasil, se tinha a relação de alguém que viajou e se tinha o diagnóstico. Agora chegou um momento que não se sabe quem pegou de quem”, explica o diretor do hospital. “Temos pessoas pegando o vírus que não se sabe de onde que veio”, acrescenta.
