Quem abriu o Instagram e outras redes sociais nesta terça-feira, 2, provavelmente se deparou com um feed repleto de telas pretas com a hashtag #blackouttuesday. O movimento, puxado pela indústria musical norte-americana e aderida por artistas e usuários de todo o mundo, teve como objetivo prestar apoio às manifestações anti racistas iniciadas após o assassinato de George Floyd por um policial branco, nos Estados Unidos - mas acabou atrapalhando ativistas.
A ideia de fazer um “apagão” nas redes sociais foi liderada executivas da música Jamila Thomas, da Atlanta Records, e por Brianna Agyemang, e contou com a presença de artistas internacionais como Billie Elish, Katy Perry e também de plataformas como Spotify, Apple Music, Amazon Music e Youtube.
A ideia, no entanto, acabou sendo acompanhada pela hashtag #BlackLivesMatter em muitos perfis, o que acabou atrapalhando ativistas. Os organizadores do movimento dizem que está sendo mais difícil encontrar informações úteis sobre as manifestações e links de doações, localizações e denúncias de violência policial em protestos quando as hashtags são tomadas por telas pretas .
A publicitária e especialista em marketing digital, Alessandra Koga, ressaltou a importância de diferenciar as hashtags na hora da publicação. "A Black Lives Matter está sendo usada como uma ferramentea para quem está protestando se informar. São comunicados informativos , como para pessoas que precisam de auxílio jurídico", pontuou.
O rapper negro Lil Nas X, conhecido pela música Old Town Road, explicou o problema do “apagão” nas redes. "Isso não está nos ajudando, cara. Quem diabos pensou nisso? As pessoas precisam perceber o que está acontecendo", escreveu o cantor em sua conta no Twitter.
Fonte: B9 e G1