Buracos, lama e muito transtorno no caminho do Morro da Cruz (VÍDEO)

Há um ano e meio, em janeiro de 2019, uma comissão de moradores da Rua Martinho Brunelli recebeu a reportagem da Rádio Som Maior para reivindicar melhorias na via. Trata-se da estrada do Morro da Cruz, que faz a ligação entre o Bairro Montevidéu e a Vila Macarini. É o mais antigo caminho entre Criciúma e o Caravaggio. "Não vem ninguém aqui. Faz dois anos que estamos isolados", reclamava, há um ano e meio, o morador Pedro Valin.

Confira também

No Morro da Cruz, problemas com a estrada

A rua esburacada e o seu rio

Dezoito meses se passaram e nada mudou. Um vídeo compartilhado nas redes sociais pelo morador William Ronzani confirma a dificuldade vivida por quem reside nessa parte de Criciúma.

"Prefeitura de Criciúma, olha a vergonha que vocês fizeram no Morro da Cruz. Só com bota de borracha mesmo para andar nessa joeira. Não tem quem desce, não tem quem sai. Uma mulher se perdeu e para não cair no desfiladeiro teve que entrar ali, ó. Vamos tomar uma providência, sempre foi uma nojeira, vieram essa semana e fizeram pior. Nem com caminhonete tracionada sobe", disse William, que gravou o vídeo enquanto a chuva caía na noite de sexta-feira, 5.

A via tem 3,5 quilômetros, 1,5 quilômetro pavimentado com asfalto e lajota, e os demais dois quilômetros são de chão batido. "Quem passar hoje por aqui vai ver que a estrada está boa, pois parou de chover e o barro secou", comentou nesta segunda-feira, 8, em contato com a reportagem do 4oito. "Há uns dois meses estiveram aqui e colocaram britas. Mas a briga faz com que o pneu afunde e isso dificulta a saída dos carros, que acabam patinando", contou.

No caminho da estrada, tem uma cruz dos anos 40. É um antigo local de peregrinação dos católicos. Mas por último o caminho tem se notabilizado pelos acidentes. Foram ao menos três capotamentos nos últimos seis meses. "Nos últimos seis meses houve três capotamentos no mesmo local do vídeo, todos os três com perdas totais e um deles com três feridos", confirmou Ronzani. "Tem um centro de recuperação de dependentes químicos, ali na frente aconteceram os capotamentos", referiu. 

"Hoje a estrada está transitável, tranquila. Compactou aquele barro todo do fim de semana, os veículos foram passando, compactando, tem aquele trilho, o carro passa. Mas na lateral da estrada é possível ver a marca do barro", constatou o morador. "Como choveu no fim de semana e hoje o tempo está bom, agora está tranquilo para subir e descer, sem problemas. Mas a previsão é chover de novo, uns três dias. O pessoal que precisa do outro lado do morro vai ter que dar a volta, ou pelo Caravaggio ou São Defende, isso aumenta em dez quilômetros a distância", detalhou. "A solução seria pavimentar com lajotas ou asfalto. Enquanto isso não acontece, o melhor seria espalhar areão, pois aumenta o atrito com os pneus", completou.

Recorde as reclamações de janeiro de 2019 conferindo o podcast: