Mais de 10 milhões de exemplares da nova Caderneta da Criança serão distribuídos a maternidades públicas e privadas de todo o Brasil. E a terceira edição do documento vem com uma novidade. Além de todos os itens importantes para o melhor atendimento da criança nos serviços de saúde, de educação e de assistência social, a caderneta traz agora a escala M-CHAT, um instrumento prático que auxilia na identificação de sinais de risco para Transtorno do Espectro Autista (TEA) entre crianças de 16 a 30 meses.
Natália Bastos, pediatra no Distrito Federal, ressalta que a escala M-Chat foi traduzida para o português e finalmente os pais terão livre acesso a essa importante ferramenta, que pode ser utilizada pela própria família em casa, sem o auxílio de um profissional de saúde. O teste é feito com uma série de perguntas com respostas sim e não que podem indicar a suspeita de autismo.
“São perguntas simples, desde ‘seu filho com tantos meses está engatinhando? Está rolando? Pega o seu dedo e aponta?’ E a partir do momento que ele responde três positivas ou duas de maior importância positivas, você já tem que ligar o alerta para autismo e procurar o seu pediatra para saber qual o caminho.”
O diagnóstico precoce é a melhor forma de tratamento para reduzir os efeitos do autismo na infância.
Desde 2005, todas as crianças brasileiras nascidas devem receber a Caderneta de Saúde da Criança já na maternidade. Se os profissionais da Rede Básica de Saúde identificarem que algum recém-nascido não possui a Caderneta, esta deverá ser entregue aos pais e preenchida.
A Caderneta deve acompanhar a criança sempre que ela for levada aos serviços de saúde, a campanhas de vacinação e até mesmo no momento da matrícula em uma creche ou escola.