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"Um episódio que não combina com o estado de Santa Catarina, um stado seguro e que tem as melhores forças policiais". Assim, Carlos Moisés voltou a definir, no início da noite desta terça-feira, 1, os acontecimentos da madrugada passada, quando a agência Centro do Banco do Brasil em Criciúma foi atacado por uma organização criminosa. Os bandidos levaram cerca de R$ 80 milhões e estão em fuga desde então, com paradeiro ainda incerto, embora o avanço das investigações.
"Eu tenho certeza que conseguiremos elucidar esse crime juntamente com as forças policiais e de inteligência tanto do Rio Grande do Sul, quanto do Paraná e de São Paulo, fiz contatos com os governadores. Estamos com nosso pessoal em campo, colhendo provas e indícios, acreditamos que em breve teremos informações que nos levem a desbaratar essa quadrilha que atuou em Criciúma de forma violenta, muito incomum em cidades como as nossas", frisou o governador catarinense, que voltou ao cargo há menos de uma semana, na última sexta-feira, 27.
Moisés lembrou o baixo índice de homicídios em Criciúma em 2020 para reforçar sua convicção da baixa criminalidade atualmente na cidade. "Criciúma que teve nove homicídios esse ano, todos elucidados, da mesma forma que reduzimos também o número em 54% as ocorrências envolvendo instituições financeiras, de assaltos e furtos em bancos", enumerou.
O governador salientou, ainda, a impressão de que os criminosos não são catarinenses. "A polícia especializada tem trabalhado para desmantelar quadrilhas. É um grupo criminoso de fora de Santa Catarina, por isso a importância de interagir com as agências de inteligência além do nosso estado", observou. Moisés ponderou, ainda, que não havia indícios, nas equipes de inteligência, de que o ataque ocorreria, pegando todos de surpresa. "Não houve qualquer indicativo ou alerta do planejamento dessas ações, que deve ter ocorrido por meses até que fosse perpetrada. O que queremos é reverter esse quadro pelos indícios e pistas, de sorte que tão logo tenhamos qualquer novidade, informaremos a população de Santa Catarina sobre o andamento das investigações e as condições de saúde do soldado Esmeraldino, atingido de forma violenta", destacou.
O Ministério da Justiça está apoiando as operações de investigação em Criciúma. "PM, Civil e IGP, também no âmbito federal, o Ministério da Justiça, todos estão empenhados em compartilhar informações para a gente atuar em conjunto", frisou. Moisés destacou, ainda, o potencial do armamento utilizado pelos criminosos. "Pelas cápsulas encontradas, armamentos de uso restrito das Forças Armadas estavam de posse desses delinquentes, em uma ação extremamente violenta e impõe ao estado a sua presença maciça e também o dever de capturar, de identificar os autores desse crime e fazer as investigações devidas para que a Justiça atue de forma a tirar de circulação esse tipo de criminoso", finalizou.
