O ex-governador de Santa Catarina, Carlos Moisés da Silva (Republicanos), falou sobre orçamento, obras e gestão em entrevista exclusiva à Rádio Som Maior na manhã desta terça-feira (24). Ainda, o político também comentou sobre o seu futuro na vida pública.
Nesta tarde, o atual governador Jorginho Mello e o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, vão apresentar à imprensa um diagnóstico financeiro do Estado. Ontem, na Som Maior, o chefe do Executivo disse que “a situação de SC não é aquela belezura que o ex-governador falava".
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Sobre o tema, Moisés afirmou: “É importante destacar que muitas dessas obras, sejam do Governo do Estado ou em parcerias com os municípios através do Plano 1000, são resultado de um equilíbrio financeiro que Santa Catarina conquistou em 2019 e 2020, quando fechamos as torneiras, revisamos os contratos e enfrentamos a pandemia com o melhor resultado do Brasil".
Orçamento, obras e Plano 1000
Na visão do ex-governante, SC teve boa arrecadação por conta da incrementação no setor de fiscalização e da revisão dos incentivos fiscais. "A gente consegue avançar em obras e continuar investindo com uma boa gestão. O resultado da capacidade de investimento do Estado é resultado, também, do equilíbrio de contas, do enxugamento da máquina e da presença do Estado e dos municípios", acrescenta.
O político menciona o exemplo da Ponte do Pontal, em Laguna, com um investimento de aproximadamente R$ 350 milhões. O próximo passo é concluir a licitação para contratar a empresa que executará os trabalhos.
“Esses R$ 300 milhões não vão sair do caixa do Estado em 2023. Essa obra não pode parar porque se nós licitarmos agora, demora, pelo menos, quatro meses para ter os nomes. Para a empresa se instalar no canteiro de obras, demora mais 30 dias. Começa a parte de instalação de equipamentos, perfuração e base. O ano inteiro, se ela rodar, R$ 20 milhões seria muito. Quem olha, a grosso modo, pensa que deixamos R$ 1 bilhão em obras em andamento. O Estado não pode parar, tem que ser ágil", enfatiza.
Moisés falou também sobre o Plano 1000. "Se questiona a forma de distribuição dele, mas esta foi a maneira mais justa que o nosso governo elaborou para distribuir recursos, que é investimento de R$ 1 mil por habitante. Se Santa Catarina ultrapassa 7,4 milhões de habitantes, a gente reserva mais de R$ 7 bilhões para cinco anos de execução do Plano 1000.
“Deixamos a bola para o próximo governo chutar. Não podemos ter a questão de não fazer porque começou no governo anterior. Por trás de cada projeto desse, tem uma cidade de Santa Catarina e uma população esperando que a obra se concretize”, afirma o ex-governador de SC, Carlos Moisés da Silva.
Futuro na vida pública
Sem mandato, o ex-governador disse que ainda não tem novos planos definidos na política. Em dezembro, ele assumiu a presidência estadual do Republicanos. Portanto, Moisés mantém a vida pública e deve ter alguma participação no pleito municipal de 2024, ainda que não concorra.
“Não tenho nenhum projeto político pessoal definido. Acho que agora a preocupação não é tão imediata, mas vem para as eleições municipais. Também não tenho pretensão de participar da eleição", garante.