Todos os hospitais da macrorregião sul de Santa Catarina estão com 100% de seus leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) para Covid-19 ocupados. A ocupação total na região surge justamente no pior momento da pandemia no estado, e já há pessoas aguardando na fila de espera para serem internadas em um leito de UTI.
Segundo o secretário de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, a regulação estadual aponta que a região sul já conta com 10 pacientes entubados em hospitais de retaguarda, como Morro da Fumaça, Urussanga, e até mesmo a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) da Próspera, enquanto aguardam um leito de UTI.
“Eles estão esperando abrir vagas para serem encaminhados para a UTI. Chegamos a ter 18 pacientes entubados esperando por um leito, entubados em locais que não são UTI’s”, declarou o secretário.
O governo municipal vem estando em contato frequente com o secretário de Estado da Saúde, André Motta Ribeiro, solicitando a ajuda na abertura de mais leitos de UTI na região. Segundo Acélio, há um pedido por parte da Amrec de que o Hospital de Nova Veneza tenha condições de abrir 10 leitos de UTI, desativando cerca de quatro salas cirúrgicas que estão praticamente paradas no momento.
A expectativa é de que o próprio Hospital São José possa abrir mais 10 leitos de UTI, passando de 38 para 48. O problema do hospital criciumense, no entanto, segue sendo a disponibilidade de profissionais para a manutenção dos leitos; Acélio ressalta ainda que, se preciso for, e se os respiradores e demais respiradores forem adquiridos, o próprio hospital do Rio Maina poderá abrir leitos de semi-intensivo.
Atualmente Criciúma conta com 196 pacientes internados em decorrência do novo coronavírus, de longe o maior número já registrado no município. Entre julho, agosto e setembro, considerando até então os piores meses da pandemia no estado, o número de internações não chegou a 140.